Andrade Bolhão Style

Era para ter sido uma noite de festa.


Engalanaram o recinto, com fitas, tarjas e convidaram para abrilhantar a festa, a claque do costume. 


Era uma atmosfera 100% para intimidar, como dias antes, pela voz de Jorge Nuno, começara, afirmando as “vozes de burro não chegam à UEFA”. Isso já nós sabemos. Até se ficou a saber que, dias antes do jogo Benfica – Porto, foi visto a sair da garagem da Torre das Antas e fotografado por um repórter profissional, Pedro Proença na sua viatura. 
O desgraçado do repórter que pensou ter um furo jornalístico, foi ameaçado, o seu “furo” confiscado com base na vulgar intimidação física, e lá a imprensa que aos anos pactua com isto tudo, através das instruções da Controlinveste de Joaquim Oliveira, abafou o caso.


 “Poderia ser na Grécia, o estádio está cheio de 2300 adeptos e o apoio é fantástico!” 


 Foi assim que eu ouvi, no Porto Canal, o repórter a descrever o ambiente. 


A intimidação estava ao rubro, placas azuis, rolos de papel a voar, e de repente a câmera, volta-se para o 1º balcão, e foca o aceno papal com um sorriso de quem pensa: 


Mouros, hoje até bos comemos! 


 O Jogo começou e o apoio foi paulatinamente sendo abafado, o “mantra do Andrade” … “slb, slb, filhos …” entoado por muito mais do que os membros das claques. Vi muito cavalheiro do norte, inebriado por aquela atmosfera, a rasgar os pulmões debitando o ódio doentio, da insustentável pequenez daquelas mentes. 


O jogo foi disputado por atletas que foram correctos e gostam do desporto. Poucos casos houve, e mesmo a equipa de arbitragem, no geral esteve bem. 


 No final, depois de um jogo a correrem atrás do prejuízo, de um jogo que os foi deixando com os nervos em franja, a emoção esteve ao rubro, o resultado a ser disputado, e o Benfica sagrou-se campeão nacional pela 23ª vez, por 3 pontos de diferença. 


 Assim que os primeiros atletas do Benfica, começaram a festejar, os “Andrade Bulhão Style” dispararam, moedas, isqueiros, botas, telemóveis … tudo o que foi possível mandar, mandaram. 


 … e o roupeiro do Benfica, mandou-lhe com uma pesada e ofensiva t’shirt com a comemoração dos 23 títulos, certamente para lhes mostrar a confiança com que lá foram, certamente numa forma simbólica para enxugarem as lágrimas. 


 Se repararem, os gestos do Carlos Lisboa, foram sempre endereçados para o “camarote presidencial”. Foram gestos que se poderiam condenar, caso tudo o que atrás foi descrito, não tivesse acontecido. Assim pareceu um pequeno troco, mas tocou-lhes lá no âmago. 


 Recebeu-se a Taça em família, numa sala privada e foi uma festa bonita.


Foi uma festa gravada pelas novas tecnologias, que um dia o Youtube se lembrou de mostrar ao mundo.


Parabéns aos Benfiquistas campeões, ao meu patrício coca-cola Carlos Lisboa pelo feito e por ter desfeito a noite de sonho aos andrades. 




 P.S. o discurso do Presidente, foi escrito por outro, não teve alma e pior que tudo, foi mal lido. Não faz no meu entender sentido o silêncio e depois isto. Faz sentido sempre isto, e não vir depois de ter baixado os braços na luta contra o sistema, dizer que está mais activo que nunca contra o sistema.


Após este episódios o Benfica emitiu um comunicado onde acusa a Porto canal, de manipular várias imagens de diferentes encontros. É isto que tem de acabar e ser severamente punido.


A genética efectivamente define o carácter das pessoas. Mostrou ontem [dia de 24] o Porto Canal a prova irrefutável que justificou toda a violência no Caixa Dragão. As “bárbaras” provocações de Carlos Lisboa foram exibidas e repetidas até à exaustão. Os restantes canais foram atrás, e reproduziram as “irrefutáveis” provas que as virgens ofendidas decidiram exibir, alguns com direito a lupa e ampliação. Esqueceram-se os responsáveis do Porto Canal de dizer uma coisa básica: que misturaram imagens do segundo jogo da Fase Final com imagens do quinto encontro. Imagens em que Carlos Lisboa reage ao maior provocador de todos, o treinador adjunto do FC Porto, com imagens dos festejos do título. Mas a “provocação” do segundo jogo não deu em nada, o jogo acabou sem violência e sem reparo. Já a provocação do quinto jogo, essa sim é inadmissível de aceitar, porque afinal de contas representava a perda do título nacional. Esta é que foi a maior provocação de todas. O mais incrível é que ninguém questionou ver nas imagens – supostamente do mesmo jogo – árbitros diferentes. Efectivamente quando não se sabe ser sério não se consegue jogar limpo em nada. Uma questão de genética.

ANDRADE BOLHÃO STYLE ... by Porto Canal

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