O título nacional já não foge. Eu que sou muito supersticioso e odeio antecipar vitórias, acho que o 32º título nacional está mesmo aí à porta, e figurará sem dúvida no nosso museu já no final deste ano. Encaremos os factos: o Benfica precisa de fazer quatro pontos no pior dos cenários para ser campeão, e tem jogos em casa com Olhanense e Rio Ave. Só uma hecatombe nunca vista nos poderia roubar este título, o que eu de todo não acredito.
No Estádio de Coimbra cheirou claramente a título. Já demos muitos passos decisivos em outros jogos. Sporting, Porto e Braga em casa, Nacional fora... só para citar algumas vitórias que considero absolutamente vitais na campanha vitoriosa do Benfica esta época. Mas nunca como em Coimbra o cheiro a título pairou de forma tão intensa. O calor humano dos 21 mil espectadores encontrou na acústica do municipal de Coimbra o catalisador perfeito para a combustão de autêntico mini-Inferno. A cada golo marcado, uma explosão de alegria digna dos momentos que definem uma época. Não engana, e todos o sentimos: vamos ser campeões.
E esta certeza só é possível porque também sabemos que tanto jogadores como até os adeptos esta época não embandeiram em arco. Sabemos que vamos ser campeões, mas também sabemos que não é ainda tempo de tirar o pé do acelerador. E por sabermos que a euforia de presenciarmos os preparativos da grande festa não influi nas batalhas de 90 minutos que se travam todos os fins de semana, é que andamos acompanhados por esta certeza tão forte.
A Luz já regista por esta altura mais de 50 mil adeptos garantidos para o jogo do próximo Sábado, no que penso será mais uma enchente da nossa fantástica Catedral. Não vamos poder festejar ainda neste jogo, mas importa vencer. Ou por via da Naval, ou uma semana mais tarde no Porto, o título será confirmado. Agora já é só uma questão de tempo, sendo que na pior das hipóteses ele será celebrado na recepção ao Rio Ave, na última jornada do campeonato.
Coimbra fica para mim marcado como o início oficial das comemorações do título. Grande euforia, grande apoio, grande alma de todos os presentes naquele estádio. Depois, grandes filas no acesso à A1, e um mini-cortejo até Lisboa. Áreas de serviço apinhadas, o maestro Rui Costa a entrar no restaurante da AS de Leiria, não se furtando minimamente ao contacto com os seus consócios e de sorriso largo, a própria boa disposição relaxada durante a viagem... são o cheiro daquilo que temos para comemorar em breve.
Está quase, benfiquistas! Vamos à luta para carimbar um campeonato sensacional!
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