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domingo, 11 de julho de 2010

Arrancaram os amigáveis de preparação

O Benfica realizou hoje o seu primeiro jogo da época 2010/11, frente ao FC Monthey na Suíça. O adversário não era, evidentemente, de peso, mas Jorge Jesus quis desde já começar a dar rotina à equipa, em particular aos novos jogadores que integram o plantel este ano. O primeiro onze do Benfica 2010/11 foi então o seguinte: Roberto (GR), Luís Filipe, Sidnei, Fábio Faria e César Peixoto (defesas), Airton, Menezes, Balboa e Gaitan (centrocampistas), Weldon e Jara (avançados).

A estrutura da equipa, em termos tácticos, correspondeu na íntegra aquilo que foi a base da equipa no ano passado. Um 4-1-3-2 bem evidente em campo, com uma dupla de avançados de cariz diferente do que estávamos habituados. Weldon e Jara garantiram mais mobilidade e menos presença de área, o que me parece ter sido talvez o factor mais estranho à equipa, pouco acostumada a servir uma frente de ataque com estas características.

O jogo não teve um ritmo particularmente interessante, como era de esperar. Com a pré-época ainda numa fase muito inicial, salta à vista muito mais a condição física ainda longe da ideal da generalidade dos jogadores do que eventuais princípios de jogo que estejam já também a ser treinados por Jorge Jesus. Foi evidente o empenho de Balboa, a tentar segurar um lugar ao Sol neste Benfica 2010/11. Tentou sempre, enquanto teve pernas para tal, pedir a bola, construir jogadas de ataque, e nunca se furtou a trabalhos defensivos onde cumpriu com eficácia. Foi uma boa surpresa, mas no entanto notam-se alguns problemas no tratamento da bola. Claramente o toque de bola, a técnica de passe ou mesmo a inteligência posicional não está à altura de Ramires por exemplo, que costuma ocupar aquele lugar.

Fábio Faria por seu turno teve uma entrada em falso no jogo, mas pouco a pouco foi melhorando exibicionalmente. Sem especial trabalho defensivo, notou-se alguma preocupação em tentar sair a jogar na 2ª parte antes de evoluir para defesa esquerdo, quando entrou David Luiz. Terminou a partida com uma assistência para o terceiro golo (apontado por Saviola), e a meu ver o balanço da sua exibição é claramente positivo. Quanto a Roberto, o nosso novo guarda-redes, não deu para ver muito pois raramente teve oportunidade para se mostrar. No entanto, e como a baliza muitas vezes é um posto onde pequenos pormenores fazem a diferença, devo dizer que me pareceu um guarda-redes muito afirmativo e com muita presença. Sempre adiantado no terreno quando a equipa estava a dominar o meio campo adversário, dando indicações à defesa em situações de transição defensiva nomeadamente. Pouco mais deu para ver dele, mas nestes pormenores está a minha convicção de que realmente é um guarda-redes de uma dimensão totalmente diferente daquela a que estávamos habituados nos anos mais recentes.


Para completar a análise aos reforços (tendo incluído propositadamente Balboa neste tópico), Gaitan e Jara. O esquerdino, com o nº20, jogou descaído sobre a esquerda fazendo o lugar que pertencia a Di Maria. Não mostrou ainda aquilo que tornou Di Maria num jogador fundamental para desequilibrar naquele flanco, mas ainda assim mostrou excelente qualidade técnica, com passes acertivos e objectivos, num estilo de jogo mais vertical que Di Maria, embora não tão desequilibrador. Quanto a Jara, notabilizou-se fundamentalmente pela excelente condição física que lhe permitiu sprintar inúmeras vezes em disputas de bola com adversários, característica a que juntou quase sempre um drible curto que poderá causar mossa quando for posto ao serviço do colectivo.


Quanto aos restantes jogadores, não há nada de verdadeiramente importante a dizer. Já os conhecemos, já sabemos o que eles valem, e foi apenas o primeiro de vários jogos para readquirirem a forma que tantas alegrias nos deu no ano passado. Destaque apenas para Saviola que entrou muito bem em jogo, movimentando-se muito bem em toda a frente de ataque e marcando um óptimo golo para encerrar a partida.
Hoje há novo jogo, sendo que a equipa titular já deverá ser composta sobretudo pelos jogadores que formaram a espinha dorsal da equipa no ano passado, entrando os restantes no decorrer da partida.

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