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sábado, 1 de maio de 2010

A viagem a Palermo

Como diria José Mourinho, o Benfica desloca-se amanhã à Palermo portuguesa para jogar no Dragão com o Futebol Clube do Porto. Os civilizados adeptos portistas têm esperas programadas para os comboios que levam os adeptos do Benfica, prometem fazer sangue caso haja festa benfiquista e dizem que nada disso é susceptível de ser controlado devido aos acontecimentos deste campeonato: os tais 11 pontos de desvantagem para o Maior. Isto vindo de um clube que se queixa ser difícil ser portista em Lisboa... provavelmente porque o presidente desse mesmo clube farta-se de dar na cabeça aos habitantes das outras regiões abaixo do Douro.

O Benfica tem admitido nos últimos dias, por diversas vozes, que está muito ansioso. Que a espera por ser campeão aumenta a cada dia que passa a ansiedade do grupo, sedento por fechar definitivamente as contas do título. Sinceramente, e não sabendo se isto é discurso de embalar ou a realidade, preocupa-me este discurso. Introduz um factor de intranquilidade na discussão que me parece, nesta fase, bastante inoportuno. O Benfica tem dois jogos para fazer um ponto, sendo que um deles é uma recepção caseira ao tranquilo Rio Ave.

Não sei se este sinal dado no discurso indica algum receio para a partida de amanhã, ou uma abordagem mais conservadora. O que sei é que no plano meramente teórico, este Benfica é bastante mais forte que o seu adversário. Já o venceu duas vezes este ano: uma vez em casa, para o campeonato, jogando com uma equipa dizimada por lesões e castigos. A outra, no Algarve, com uma equipa em gestão de esforço durante os 90 minutos e aplicando chapa 3 aos campeões nacionais. As dúvidas quanto à diferença de valor já não existem, até porque o melhor momento actual do Porto é quanto a mim bastante artificial. Jogam sem pressão, própria de quem já perdeu tudo, jogam com jogadores que têm de provar que podem ficar na equipa no próximo ano, e com um calendário bastante fácil nesta ponta final de campeonato.

O ambiente mais do que adverso, de guerrilha e ódio, equilibrará a balança, a meu ver. O Benfica, e digo isto para equipa e adeptos, devem tentar ser o menos reactivos possível à animosidade fanática dos seus adversários. É meio caminho andado para virmos do Porto com um resultado satisfatório, transformando os azuis e brancos em melões com pernas.

Tenho a certeza que vamos ser campeões, não sei é se será já amanhã. Confesso-me apreensivo pelo discurso dos últimos dias, e pelo excesso de ódio que vamos encontrar amanhã. Mas espero ainda assim que o Benfica mostre o seu real valor, sem se atemorizar, para Palermo ver.

Que equipa e adeptos passem por esta aventura sem problemas de maior, é o que desejo. Seremos campeões!

PS: Nota para os sucessivos problemas das Casas do Benfica com vandalismo. Se estes actos sucessivos continuam a passar em claro, lembrem-se das consequências que pode ter uma massa de adeptos benfiquistas furiosos pela falta de protecção neste país. É que somos muitos mais... depois não se queixem.

2 comentários:

Parece literalmente que estamos numa guerra civil.

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