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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Foi preciso matar um adepto. E Agora?


Infelizmente, o tão previsível dia chegou.

Desde algum tempo a esta parte que se anda a brincar aos falsos e hipócritas moralismos no futebol português.
Dirigentes e responsáveis máximos da política e desporto nacional, alimentam e permitem alimentar uma onda de  ódio, medo e terror sustentada por adeptos mais extremistas, geralmente associados a claques e grupos de apoio.

É triste, é extremamente revoltante, que ( segundo a BenficaTV) durante a tarde de ontem, dia 13 de Maio de 2010, um adepto afecto ao Benfica tenha vindo a falecer, após no domingo ter sido vítima de barbaras agressões na cidade de Braga enquanto festejava o título do Sport Lisboa e Benfica.
Infelizmente, o tão previsível dia chegou. Chegou, e pior que tudo, chegou porque nada tem sido feito para impedir que esta onda de violência no futebol seja controlada e exterminada.

A questão é imperativa:

PORQUE RAZÃO OS ADEPTOS NUTREM TANTO ÓDIO ENTRE SI?

A culpa será só do grupo de adeptos que violentamente contribui para a morte deste benfiquista?

Seria fácil apontar o dedo a esses vândalos.
Seria fácil apontar o dedo às pessoas que enquanto se apedrejavam e destruíam carros, batiam palmas.
Mas os principais culpados desta onda infeliz de violência tem outros responsáveis no topo da hierarquia.
Vestem fato e gravata, e à primeira hipótese alimentam um discurso regionalista que apenas visa exaltar os ânimos entre adeptos e dividir o pais a meio.
Será curioso ver o discurso destes senhores.
Será curioso ver a postura que o Presidente do Benfica terá sobre tudo isto.
Interessante constatar se a classe política terá algo a dizer sobre este caso.
Parece que o limite do bom senso chegou ao fim.

O tempo dos discursos ocos de atitudes e acções tem que ter o fim.
Exige-se que se faça algo sob pena do 25 de Abril ter sido uma mera festa de cravos, onde quem está contra o poder tem que ser posto de lado.
E isto sob pena, de situações como este encontrarem paralelismos na política, comércio, turismo, entre outros.
Se o Benfica não pode ter um sede na cidade de Braga, que se prepare o PSD, CDU, PP e BE que em breve alguém lhes poderá entrar na suas sedes autárquicas e destruir tudo, afinal de contas Braga é do PS.
Que se prepare o hotel turismo, que as belas bandeiras de outros países que orgulhosamente exibe, poderão  em breve ser queimadas, afinal de contas Braga é dos portugueses.
Preparem-se as lojas de chineses e indianos, é bem possível que algum grupo de comerciantes tencione agredi-los até à morte, mais uma vez com o argumento, que Braga é dos bracarenses.

A liberdade de expressão tem que ser defendida.
A liberdade à diferença é um ideal pelo qual o nosso pais se rege e as forças políticas tem que lutar por ele.
Já chega de tretas.
Por um desporto saudável e consequentemente um país unido e são.



5 comentários:

vergonha de país
vergonha de mentalidade

boa crónica
os pesames À familia e amigos da vitima :(

Saudações Gloriosas
Nuno Branco (Mar Vermelho)

PS: O layout, estrutura e organização do teu blog está excelente!

Obrigado Nuno.
Também tens um bom projecto em mãos.
Vou colocar o teu site na minha lista de blogs.

poh crl com estes actos de hooliganismo.
olho por olho, dente por dente

Mas a notícia já foi confirmada por alguém que não a BTV? Se não, não passa de um boato.
Acho lamentável, mas se o gajo foi para o meio dos gajos de braga, tava À espera de quê? Se tivesse 2 dedos de testa não teria ido para o meio deles! E antes de virem dizer merda, eu no marquês vi um cameram man da RTP que tava apenas a fazer o seu trabalho a levar garrafadas e pontapés. Teve que ir a policia de choque libertar o gajo que fugiu para o hotel. Este ao menos tava a fazer o trabalho dele e não tava a chatear ninguém... agora o gajo que "supostamente" morreu, de certeza que não foi para lá em trabalho.

Isto é um problema de politico e de justiça. Os politicos fecham os olhos e a justiça não funciona. Depois quando temos pessoas a incitar a violência e depois não são punidos...
Estavam à espera de quê? É o povo que temos!

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