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terça-feira, 4 de maio de 2010

O ataque ao título

O Benfica com a derrota no Dragão permitiu que aves de mau agoiro voltassem a pairar sobre o futebol encarnado, esfomeadas depois de uma época inteira sem grandes oportunidades de fazerem a sua aparição.


Mais do que a derrota, notou-se na equipa alguma ansiedade nos momentos cruciais. Naqueles momentos de pausar mais o jogo, de ser mais inteligente a buscar os espaços... ao fim e ao cabo, tendo a paciência e a calma que teve em praticamente toda a época. Mas os incidentes verificados dentro e fora do campo também poderão explicar muita coisa, porque não é de ânimo leve que se entra num relvado depois de se verem bolas de golfe a entrarem num autocarro ou a atingirem o banco da equipa.


A decisão ficou adiada para a recepção caseira ao Rio Ave, havendo a destacar no Benfica as ausências de Di Maria, Fábio Coentrão e Javi Garcia, todos castigados por acumulação de amarelos. Uma pena, sobretudo no caso de Di Maria. O mais dificilmente substituível, e que provavelmente perde assim a oportunidade de se despedir do Benfica jogando perante os seus adeptos.


Penso que a estratégia táctica do Benfica assentará preferencialmente num 4-4-2 em losango, com Airton a ocupar o lugar de Javi Garcia, e Ruben Amorim ou Carlos Martins o de Di Maria, rearrumando-se por isso o meio campo. Peixoto, felizmente a 100% já, ocupará sem dúvida o lugar de Fábio Coentrão.


Volto a destacar a ausência de Urreta do plantel, ausência que apesar dos bons resultados do Benfica já senti vezes demais, e que me levou a considerar como um erro crasso o seu empréstimo em Janeiro. Sobretudo porque para o seu lugar veio Éder Luís, que não consegue cumprir com os papéis que Urreta poderia desempenhar. O Benfica perdeu aí uma óptima solução, que neste jogo por exemplo seria vital para não beliscar minimamente a forma de jogar da equipa.


Outra opção táctica será a aposta em Wéldon (nem quero pensar na hipótese Éder Luís) no lugar de Di Maria, algo que Jesus já ensaiou duas vezes este ano. Sempre sem resultado, pois se o Wéldon se mostra particularmente incisivo em situações de finalização nos últimos 20 metros do campo, tem grandes dificuldades numa fase de construção, fase essa primordial no papel que Di Maria tem em campo. A jogar Weldon, acredito mais que jogue ao lado de Cardozo, com Saviola a fazer o papel de Aimar, e Aimar a jogar eventualmente encostado mais à esquerda. Não é algo que goste muito, mas com a dinâmica de jogo da equipa é possível que resulte.


O Benfica tem de estar atento ao contra-golpe, pois o Rio Ave tem jogadores rápidos na frente. Não têm provocado grandes sobressaltos na defensiva dos adversários, mas é sempre de considerar essa hipótese. Até porque sem Coentrão, o Benfica fica apenas com David Luiz no eixo defensivo com uma velocidade de ponta capaz de fazer frente a situações de transição defensiva muito rápida. Airton será certamente fundamental para bloquear as transições ofensivas dos homens de Vila do Conde.


A atitude é fundamental: não vale a pena entrarem excessivamente nervosos e ansiosos. Estarão mais de 60.000 almas nas bancadas a apoiá-los até ao último minuto, protegendo-os de algum deslize que possa existir, garantindo uma reserva anímica até para eventuais falhas das pernas. A equipa tem de ter confiança em si própria, confiança de quem ganhou 13 dos 14 jogos já disputados na Luz para o campeonato, e que nunca conheceu a derrota no seu recinto este ano nos jogos da principal prova profissional portuguesa. A história do clube e a história desta época correm a nosso favor, e tudo o que a equipa precisa de garantir é que não tem um dia excessivamente mau para contrariar a tendência.


Finalizando as várias abordagens possíveis que formulei, eu optaria por jogar com o seguinte onze: Quim,César Peixoto, Luisão, David Luiz, Ruben Amorim, Airton, Ramires, Carlos Martins, Aimar, Saviola e Cardozo, com um losango desenhado a meio campo.


Penso que Martins poderá ser muito importante pelo seu remate fácil para desbloquear o jogo, nem que seja apenas e só para atemorizar o adversário e dar confiança à equipa. Às vezes, só a iniciativa de um jogador como ele de rematar à baliza, traz outra tranquilidade ao jogo e obriga o adversário a jogar mais cauteloso.


Caso Cardozo esteja nas condições físicas em que se tem apresentado, e apesar do hat-trick contra o Olhanense, penso que seria mais proveitoso colocar Kardec em campo e resguardar o paraguaio para o 2º tempo. Contra o Porto notou-se claramente que não estava a conseguir disputar os lances de uma forma minimamente aceitável.


Força, Benfica!

1 comentários:

CARREGA BENFICA!!!!!!!!!!!!!! RUMO AO TITULO!!!!!!!!!!!!!!!!

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