É a coqueluche encarnada mais cobiçada no continente europeu, e um indiscutível da selecção argentina com apenas 22 anos. Os focos mediáticos que incidem em Di Maria são a melhor prova da genialidade de um jovem que cumpriu este ano a sua terceira época no Benfica, assumindo-se finalmente como titular indiscutível e revelando-se como absolutamente fulcral para a boa época encarnada.
Di Maria é um tipo de jogador já raro no futebol. Na actualidade, num futebol dominado talvez excessivamente por calculismos e por racionalidades que há 20 anos atrás eram impensáveis, Di Maria surge como uma pedrada no charco, como a irreverência genial capaz de, num curto espaço de tempo, levar ao desespero um estádio e seguidamente de o levar à loucura. É um génio louco, um predestinado que só podia ser jogador de futebol, que ninguém imaginaria a fazer outra coisa. A própria forma como se entrega ao jogo e aos adeptos diz muito sobre a sua forma de estar no futebol, tem aquele carisma de génio que poucos possuem. A esse propósito aliás, o MaisFutebol publicou uma crónica genial que subscrevo por inteiro, e que expressa em palavras a verdadeira essência do nº 20 encarnado.
Aos 19 anos, Di Maria saltou para a fama ajudando a Argentina a conquistar o mundial de sub-20, prova em que assinou boas exibições que lhe valeram o passaporte para a Europa. Aos 20 anos, deu os jogos Olímpicos à Argentina ao assinar o golo solitário da final, que apontou da forma mais difícil que encontrou: um chapéu. Aos 22 anos, Maradona diz que a selecção será certamente Di Maria e mais 10... isto num lote onde de jogadores onde existe Messi. Que maior elogio se poderá fazer?
Há meses que venho construindo a ideia que boa parte das esperanças argentinas no torneio terão que ver com o momento de forma de Di Maria. O embalo competitivo tremendo que tem nesta fase, a sua força mental que lhe permite encarar todo e qualquer jogo da mesma forma, ficou bem patente por exemplo no amigável disputado entre a Argentina e a Alemanha. Fez o que quis de um rapazinho chamado Lahm... sintomático.
O esquema táctico da Argentina terá de ser revisto para poder finalmente integrar da melhor forma o conjunto galáctico de jogadores que o eterno D10S tem à sua disposição. Mas há uma certeza: jogue Di Maria como clássico médio esquerdo, ou como um extremo mais adiantado no terreno, a Argentina pode dele esperar alta rotação e inspiração. A inspiração que por exemplo tem faltado quase sempre a Messi nos jogos da selecção.
Gostaria imenso, até porque desde sempre tenho um "fraquinho" pela selecção argentina, que a sua equipa fizesse um grande mundial para coroar a grande época do Di Magia. Mas mesmo que tal não aconteça, de certeza que o puto maravilha do Benfica saberá aproveitar para aumentar ainda mais a sua reputação no panorama internacional.
1 comentários:
muita saudade!
boa sorte champ
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