Às portas da Glória

Está-se a aproximar a hora das derradeiras decisões. A época benfiquista tem o seu epílogo na última jornada, porque quis o destino que a época demolidora do Benfica tivesse um adversário a lutar até ao fim pelo título. Há que viver com isso, sem dramas, até porque estamos na frente e com três pontos de avanço. Complicado seria entrar para a última jornada atrás do primeiro classificado.

Jogo em casa, num Estádio da Luz esgotadíssimo há mais de uma semana. Até os bilhetes que seguiram para o Rio Ave foram vendidos na sua esmagadora maioria a benfiquistas, que não hesitarão em juntar-se aos que compraram bilhete junto do Benfica para levar a equipa até ao tão ansiado 32º título nacional.

Sem receios, até porque se há ensinamento que esta equipa voltou a colocar bem presente na cabeça dos seus adeptos, é que o natural para o Benfica é ganhar. Portanto, na recepção caseira ao Rio Ave, o natural será ganhar, se houver a atitude competitiva que pautou toda a época do Benfica. E o Benfica nem precisa forçosamente de ganhar... basta um empate, situação que a meu ver dá alguma margem de erro à equipa.

Quando as equipas entrarem na Luz para disputarem a 30ª jornada, os jogadores do Rio Ave entrarão a perder. O Estádio da Luz engalanado com o seu melhor traje, com a ardente recepção que os adeptos têm preparada para as equipas, empurrará de imediato o adversário para a sua baliza. Onde, preferencialmente, passará a maior parte do tempo de jogo. 64.000 vozes puxarão pela equipa até à exaustão, as tochas, as bombas de fumo, os estandartes, as bandeiras, os cachecóis e outros elementos transformarão a Luz num vulcão capaz de atropelar todo e qualquer adversário que apareça no caminho. Até o super dragão que foi provocatoriamente escolhido para arbitrar o desafio.

E depois do apito inicial, depois dos adeptos terem dado o mote, compete à equipa por em prática tudo o que sabe fazer. Mesmo com ausências muito importantes, diria mesmo cruciais, esta equipa é capaz de vencer a qualquer equipa. Relembro que, com um terreno em péssimo estado, o Benfica desfalcadíssimo (sem Aimar, Coentrão e Di Maria nomeadamente) bateu os tetra-campeões nacionais, no jogo da 1ª volta. É o Rio Ave que assusta? Sinceramente não me parece. Temos de guardar-lhes muito respeito, mas também temos de ter noção que somos muito superiores, e que estamos aqui para sermos campeões.

Com confiança, tranquilidade e respeito, vamos todos entrar em campo, público e jogadores, para carimbar o 32º. Vamos todos estar com a equipa, todos a cumprir o nosso papel de apoiar freneticamente até que o título já não possa escapar. E depois... bem, depois teremos tempo para pensar na festa.

Força, Benfica!

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