Ontem assisti ao Benfica - Arouca na companhia de um alemão que está em Portugal a fazer Erasmus. A primeira pergunta que me fez, era a de quantos portugueses habitualmente jogam no onze titular do Benfica. Respondi dois (Coentrão e Martins).
De imediato, o queixo dele caiu no chão, e espantado perguntou-me: "Mas o Benfica não ambiciona voltar a ser campeão europeu?"
- Sim, temos esse sonho - respondi-lhe eu.
- "Então como querem conseguir isso só com dois portugueses? Isso é inacreditável" - retorquiu-me.
Pois é... a mentalidade do futebol mais sustentável do mundo, o alemão, não percebe como podemos deixar de parte a nossa identidade nacional, quando queremos partir para objectivos mais altos. Aliás, até poderão ir ver qual era a base da equipa do Porto em 2004 quando foram campeões europeus, e verem que mesmo no auge do mercado especulativo em torno dos jogadores, a base era portuguesa.
De facto, sem voltarmos a ter uma equipa com uma real identificação não só com o clube mas com a realidade que o rodeia, dificilmente poderemos ambicionar a grandes conquistas, e provavelmente seremos apenas e só uma plataforma giratória de bons jogadores, que pontualmente nos trarão vitórias.
Vim pensativo para casa... admiro imenso a mentalidade alemã, que também no futebol dá os frutos que se conhecem. E quando para eles a questão da nacionalidade da base da equipa é logo a primeira a ser colocada, a mim dá-me que pensar...
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Há 4 dias
3 comentários:
Podias ter respondido a esse alemão: Mas, o Inter não despachou o bayern Munique sem um único Italiano? Pois, aí não convinha à teoria, a identidade aí não interessava.
Palavras sábias desse rapaz Alemão.
lol, o Carlos Alberto roubou-me as palavras da boca.
Também gostaria de ver mais Portuguese no plantel, mas sejamos sinceros, quantos Portugueses (que o Benfica tenha capacidade para contratar e manter) é que entravam no plantel? Não eram muitos, pois não?
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