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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Potência desportiva?

Mais uma época que põe claramente em dúvida o nosso real estatuto. Do futebol não vou falar, porque a mais humilhante de todas as épocas já foi mais do que debatida, e agora já se partiu para a onda de euforia da pré-temporada, onde aí sim somos campeões sem concorrência.

Um dos argumentos mais insistentes que oiço para defender o status-quo directivo no Benfica é o ecletismo e a pujança do Benfica noutras modalidades, as ditas amadoras. Escusam de vir com tretas sobre a morte das modalidades pré-Vieira, porque a verdade é que eu reconheço a Vieira, e em particular a Fernando Tavares, a recuperação das modalidades de pavilhão, a aposta no Futsal e, de forma mais geral, um investimento bom em todas elas. Portanto o problema não é este.

Acontece que Vieira está no clube desde 2003. Um mandato para recuperar as modalidades parece-me a mim suficiente. De 2006 para cá, podemos ganhar mais vezes do que ganhámos por exemplo entre 1996 e 2003, mas continua a ser insuficiente. Tem-se gasto muito dinheiro nas modalidades, mas os resultados tardam em aparecer. Este ano voltámos a ficar atrás do Porto em tudo o que é modalidade em que eles participam, e isto é revelador de um clube perdedor, amedrontado, assombrado.

Talvez não ajude muito a BenficaTV vender a imagem do Porto como sendo um papão, algo que é aliás transversal a toda a estrutura do clube e da SAD do futebol, e que tem óbvios reflexos quando vamos jogar ao covil dos corruptos. Se calhar elevar mais a postura traria mais benefícios do que prejuízos.

Isto tudo para dizer sobretudo aos Benfiquistas que durante o ano andavam com gozos pelo facto de sermos dos poucos que estávamos em todas as modalidades, e que andavam a exaltar o grande ecletismo e pujança desportiva do clube como força de menosprezar o cataclismo no futebol, que pelos visto só o Futsal nos poderá dar um título de campeão nacional. Há coisas fantásticas, não há?

Menos fanfarronice durante o ano, e mais consciência do buraco onde estamos metidos, seja no futebol ou no resto. Quanto mais ignorarmos os nossos próprios problemas, mais vamos adiar a possibilidade de algum dia podermos voltar a ser aquilo que já fomos.

PS: E por falar em fanfarronice... o ano passado fartei-me de ver aquele João Coutinho um pouco como me fartei de ver LFV depois da conquista do campeonato. Este ano desapareceu? Por onde anda ele? Ah, saudades de Fernando Tavares...

1 comentários:

infelizmente é a potência da treta

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