Popular Posts

quarta-feira, 22 de junho de 2011

E viva o Benfica, sempre.


Ponto prévio.
«Alexandre Pais, é para mim, como a visão assombrosa, dum pastel de nata sem recheio.»
Dito isto, quero deixar aqui bem expresso que o "Pastelinho de Belém", assim como o Jorge Jesus, tem uma facilidade fantástica de se colarem aos chavões. Isto a propósito do que escreveu hoje;
«As pessoas acusam-se-se livremente umas às outras, e quem tem dinheiro avança ainda que por puro espírito persecutório. É assim a vida. Desde o ano 2000, fui constituído arguido em mais de três dezenas de processos. A maior parte foi liminarmente arquivada, a outra finou-se na fase de inquérito. Um único processo foi a julgamento, sem que este se tenha iniciado, por acordo entre as partes, já que a nada conduziria. Sendo assim, não respondi sequer em tribunal, tenho o cadastro limpo, o que numa carreira de mais de 40 anos diz bem da minha isenção e boa fé.»

Então vamos lá por partes. O primeiro parágrafo e parte do segundo, traduz fielmente a Justiça obsoleta deste País. Tribunais de actividade inoperante e arrastadiça, permite que qualquer prevaricador, saiba antecipadamente que por malabarismos, ou antiguidade de processos, quase tudo prescreve neste País. Nada de novo, portanto. Agora este Senhor diz-se "isento e de boa fé" como causa-efeito pelos resultados práticos da inoperância do nosso sistema Judicial? ... inacreditável!

Enfim, este é mais um textinho encaracolado e vítima de alopécia criativa, escrito por um iluminado, com capacidades de mimetismo. Artista da pena é sem dúvida, e de contorcionista argumentativo, ninguém lhe retira o epíteto.

Agora esta parte, que para mim imaginem, é quase (e com todo o respeito) como deixar entrar um invisual nos Pasteis de Belém guiando-se pelo olfacto, chegado ao balcão, o empregado do outro lado - o Careca elevado à quinta!- decide vender-lhe uma caixita com meia dúzia de pasteis de nata, mas sem recheio ... e depois diz-lhe, meu amigo, em vez de um, pus-lhe dois pacotinhos de canela e açúcar em pó!
Seguindo ...

«Para já, viro-me para o outro lado, que a vida não está fácil e tenho, feliz ou infelizmente, muito mais com que me preocupar.»

"tenho" ... muito mais em que me preocupar. Era isso que queria dizer, certo?
Na maioria das vezes, quando escrevemos com o peso na consciência, há a tendência em nos esquecermos de redigir, aquilo que realmente nos inquieta, por muito que por contradição queiramos transparecer que estamos ... despreocupados.

Ter ou não ter ... faz toda a diferença. Eu não teria escrito melhor. Na maioria dos casos, os Benfiquistas não são invisuais. Todos nós, sentimos as coordenadas dos textos moralmente encomendados, sejam seus, sejam dos "Ingénuos Queirózes" desta vida. E se o empregado de Balcão, passado 5 minutos, perante a reclamação do "ceguinho", que lhe diz «o Senhor desculpe, mas os pasteis estão sem nata!», pode argumentar de várias maneiras, dizer ... "e viva o Benfica, sempre" é tão inquietante como ver o nosso "Mister" com o cachecol do Glorioso a tapar-lhe a papada do pescoço, tentando assumir o papel.

Vocês enxergue-se Camarada!

2 comentários:

Este texto tem que chegar ao Alex, certamente que vai lhe dar "muito mais com que se preocupar"
É só rir com esse careca

Enviar um comentário