Jorge Jesus

Ai está ele de novo, renovado e repetitivo nas suas ideias e forma de comunicar.
Claramente vencedor na 1ª época, na seguinte não conseguiu fazer brilhar o Benfica, mas a sua enorme confiança no seu trabalho (só comparado com o tamanho do seu Ego) dá mostras de virmos a ter uma próxima época em grande.
Com outros jogadores, sangue novo para novas ideias, Jesus falou de tudo com a sua forma por vezes caricata de se parecer contradizer para mostrar ter razão.
Assim é em relação ao Schafer, que diz que não ficou porque só defendia e queria um lateral esquerdo que fosse mais ofensivo, quando em entrevistas anteriores dizia exactamente o contrário, que o Argentino só atacava quando nem sabia defender, e muitos outros aspectos envolvendo os falhanços com as contratações de alguns Brasileiros que não se conseguiram afirmar, mas que fazem parte duma "futura adega" na qual o Benfica pretende ainda vir a beber.
É verdade (como já escrevi aqui) o Benfica tem que ter uma política de 50/60 jogadores ligados ao Clube, para conseguir com pelo menos 25% desses jogadores obter os tais lucros, que nos permitirão compensar o desnível financeiro no que recebemos de direitos televisivos em comparação com os grandes clubes Europeus. A existência duma equipa B, seria a alternativa, mas o nosso campeonato, não possibilita que jogadores de qualidade, possam numa equipaB competir pelo menos na Orangina.
Em relação ao futuro, a euforia por ter novos elementos, alguns com qualidade para fazer regressar aos relvados, o bom futebol do Benfica da sua 1ª época, leva-me a acreditar que, com a salvaguarda de saídas de jogadores importantes, se possa não repetir os erros do ano passado e voltar ao rolo compressor da 1ª época de Jesus.
O meu receio é a defesa, pouco rotinada pela ausência dos titulares, que teremos que apresentar na luta pelo acesso ao grupo da Champions.
No meio-campo temos Jogadores que me parecem suficientes para se fazer melhor, e no ataque também estamos mais fortes ... teoricamente, claro está.

Convém termos um bom substituto de Coentrão, renovar com Maxi, apostar em Matic, Enzo, Nolito e Mora, quatro jogadores capazes de somarem mais qualidade ao futebol de ataque que Jesus privilegia.

Última palavra para Nuno Gomes. As palavras de Jorge Jesus são esclarecedoras. Se foi como ele contou, então o Nuno está de saída porque quer, porque acha que pode jogar, mas as opções são para serem tomadas, e neste caso um Teinador tem que decidir. A aposta em Nélson Oliveira, parece-me lógica, espero que resulte.

Por estranho que pareça, fiquei motivado com a entrevista.

Não estranhei o discurso do "não quero ir treinar lá fora", o Jorge Jesus é um homem simples, que sabe de bola, mas é um tímido que se reconhece nas suas incapacidades linguísticas. Sendo assim, e faltando mais 2 anos de contrato no Benfica, não me melindra o facto de ele querer treinar por cá durante mais 6 a 7 anos antes de se querer tornar Seleccionador. Compete-nos a nós (e a ele), fazer ressurgir esse Benfica avassalador, fazer-nos ganhar e quiçá mantê-lo connosco, porque caso contrário, é evidente que, quem por outras paragens e tendo uma estrutura profissional, forte e vencedora, aceite de bom grado um homem nascido para treinar, rentabilizar activos e vencer competições, não necessitando de discursos bonitos ou agilidade em diversas línguas.

Jorge Jesus é isto, Vieira também já entendeu que assim é porque sofreu precisamente desse mal, e, por essa razão, a estrutura profissional do Benfica, comporta neste momento três Directores e ex-Directores de comunicação;

Ricardo Maia, João Gabriel e Ricardo Lemos ... o João Gabriel escreve e "instrói" o Presidente, o Ricardo Lemos "inducará" o Treinador, e o Ricardo Maia continuará a escrever uns Comunicados do Sport Lisboa e Benfica que são uma beleza.

Tudo explicado, siga e muita fé, muita, mas muita fé!

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