Compreendo a posição de "força" que a Direcção do Benfica tenta imprimir ao processo negocial em curso da venda do Fábio Coentrão.
A pressão existe, o contingente Lusitano, em particular o Triunvirato formado por Mendes, Mourinho e Ronaldo, são o contrapeso negocial que Vieira, não desejava ver em equação neste processo. Os erros feitos na época passada com a venda de di Maria, transmitiram a ideia de uma certa moleza ou facilitismo por parte do Presidente do Benfica.
É complicado entender o negócio em si, não foi claro como tudo se passou no "nosso" ponto de vista (e ainda bem!), mas convém lembrar Rodrigo e Alípio nessa equação ... o porquê desses apêndices para baixar o preço.
Desta feita, tentaram incluir o Garay para baixar o preço, mas a cláusula de 30M€ é o valor que o Benfica "exige" que seja respeitado.
Dificilmente será. Para os mais conscientes, digamos que não vai ser mesmo.
Para lá da pressão que os "ídolos lusitanos" fazem, num Real Madrid que historicamente nunca foi tão colonizado por Portugal, existe a pressão da venda em si. O Benfica tem que realizar esta venda forçosamente até 1 de Julho devido aos imperativos financeiros do conhecimento geral.
Sendo assim,, a pressão está do lado da SAD e o Real sabe disso. O Empresário sabe disso também, e a entrevista que o Coentrão deu foi "simples, directa e curta". Terá sido encomendada?
Comparemos então esta situação, com a tranquilidade aparente com que o Presidente da Udinese, Franco Soldati, trata a possível venda de Alexis Sanchez, também com uma cláusula de rescisão de 30M€ para o interessado Barcelona, que inclusivamente já negociou os valores anuais a pagar ao jogador.
De imediato ressaltam logo 3 diferenças:
- -A calma olímpica que demonstra o Presidente da Udinese pela não urgência em vender.
- - O facto do Empresário ser irrelevante e não haver uma promiscua dependência como no caso do Benfica há com Jorge Mendes.
- O comportamento exemplar que demonstra quase sempre o FCBarcelona em processos negociais.
Falamos dos dois gigantes Ibéricos, onde a confusão interna motivada pela falta de profissionalismo, instabilidade directiva e má perspectiva negocial, os leva a fazerem imensos maus negócios, e a só vencerem pontualmente ou ciclicamente nos últimos anos.
Isso nota-se com mais evidência, quando tentamos olhar para as duas sombras Ibéricas dos mesmo. São igualmente Gigantes e muito mais vencedores. Por sinal, ambos encontram-se no Mónaco em Agosto para disputarem mais um troféu. E a diferença está no Profissionalismo que os faz estar sossegadamente a "pensar a próxima época" e a viverem tranquilamente sem serem capas de jornais as suas vendas ou contratações.
Habituado como estou a viver em sobressalto, encaro com perfeita normalidade este desfazer silencioso da equipa que foi campeã com Jorge Jesus ainda há um ano. Já na altura o All in que Luís Filipe Vieira fez, deixou-me intranquilo. Mais do que os excessivos festejos, o facto de não termos sido campeões novamente, deveu-se a isso mesmo. Temos mesmo de vender e realizar bastante dinheiro ... mas depois importa vencer novamente. Uma coisa depende da outra.
Dará para com os que já foram comprados se fazer uma grande equipa? Talvez sim, mas aquele pesadelo do tal defesa esquerdo que todos sonhávamos e que um dia Jesus inventou, esse pesadelo, está de volta garantidamente.
Assim como o adeus de Fábio Coentrão em profunda convulsão com os Benfiquistas também seria de esperar.
1 comentários:
Será que nunca mudas. Pareces o Vieira que tanto criticas. Sempre com ciclos de crises anunciadas.
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