Plano de jogo para Braga

Propuseram-me escrever sobre a táctica que eu apresentaria para Braga, e respectivo plano de jogo, e aqui fica o meu exercício meramente académico e sem qualquer pretensão associada. Táctica boa será aquela que nos levar à final, de preferência resguardando dos amarelos os jogadores em risco.

Nos pressupostos em que baseio o meu plano de jogo, consta a suspensão de Aimar para o jogo de Braga, e ainda a iminência de Javi Garcia, Maxi Pereira e Carlos Martins falharem a possível final caso vejam amarelo neste jogo. Acho que esta meia-final tem de ser jogada a pensar já na final em todos os aspectos, e portanto o risco dos dois jogos deve ser repartido entre o jogo das meias-finais e o jogo da final. Considero que não faz muito sentido ir jogar uma final com demasiados elementos indisponíveis, pelo que há que fazer o máximo, dentro dos limites da razoabilidade, para que isso não aconteça.

Nessa óptica, lançaria a seguinte equipa:

Guarda-Redes: Júlio César
Defesa Esquerdo: Fábio Coentrão
Centrais: Luisão e Jardel
Defesa Direito: Maxi Pereira
Trincos: Airton e César Peixoto
Interior Direito: Carlos Martins
Interior Esquerdo: Gaitan
Número 10: Saviola
Avançado (solto): Jara

Basicamente uma táctica de prudência, à semelhança da que apresentámos no Dragão, mas com nuances. Em primeiro lugar, jogaria com Airton e não com Javi. Javi está em risco de suspensão, e com dois trincos em campo penso que a menor estaleca de Airton podia ser compensada por César Peixoto, que assenta que nem uma luva no trabalho de complementaridade do outro trinco. Depois, com a ausência de Aimar, seria Saviola a pisar terrenos mais recuados do que o habitual, um papel que também já fez várias vezes no Benfica. E finalmente, na frente, Jara. É o avançado do plantel que melhor joga sozinho, sem o apoio de outro avançado. A sua raça, capacidade de pressing e disponibilidade física são vitais para pressionar o último reduto bracarense, que adivinho jogará subido no terreno (mais do que lhe é habitual) em busca de anular a desvantagem com que entram em campo.

Caso o jogo corresse sempre de feição, por volta dos 70 minutos se o Maxi Pereira ainda não tiver amarelo, seria de o retirar de campo e lançar Javi Garcia, passando Airton para defesa direito. Javi em 20 minutos teria cuidado para não receber nenhum cartão, e caso o jogo corra bem podemos passar os últimos 20 minutos em bloco baixo, situação em que o desconforto de Airton na posição de defesa direito é muito menor por oposição à situação normal de jogarmos com defesa subida.

Sem Aimar e privados de Salvio para o resto da época, não vejo muito mais formas de evoluir este plano de jogo durante os 90 minutos. Poderia numa fase em que o Benfica não precisasse tanto de construir jogo sair Saviola e entrar Cardozo, passando Jara a actuar nas suas costas. Desta forma ganhávamos muitos centímetros para as bolas paradas defensivas sobretudo, e manteríamos com Jara capacidade de explosão para atacar a baliza do Braga.

Uma outra alternativa poderia ser a saída de Airton durante a partida e entrada de Javi, mais habituado a comandar sozinho o meio campo defensivo, adiantando Peixoto para número 10 e Saviola para segundo avançado, isto no caso de ser preciso assumir as despesas do jogo em caso de desvantagem.

Neste jogo acima de tudo há um resultado para preservar, não é jogo para jogar bonito ou para agarrar o touro pelos cornos. É jogo para esperar pelo adversário, ser o mais inteligente possível na ocupação de espaços e nas faltas a cometer (por causa dos amarelos…), e contra-atacar rápido e bem, sobretudo por intermédio de Gaitan, Saviola e Jara.

‘Bora Benfica!

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