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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Benfica 3 - 1 Twente playoff LC Jogo em chamas


Benfica 3 - 1 Twente

Playoff da Liga dos Campeões ( 2ª mão)

24 - 08 - 2011






Crónica chama gloriosa por trainmaniac

Jogo de tudo ou nada no Estádio da Luz, com a milionária liga dos Campeões à porta a revelar-se decisiva para o equilíbrio das contas do clube. A vantagem conseguida na Holanda com o empate a duas bolas não influenciou minimamente o rendimento do Benfica, que desde o apito inicial se empenhou em chegar à baliza dos holandeses do Twente.
Jesus apostou no 4-2-3-1, e foi uma aposta ganha. Com Witsel incorporado no onze, o Benfica ganhou capacidade física para preencher uma zona do terreno onde tantas dificuldades tem tido. O tridente Javi-Aimar-Witsel foi aliás a grande chave de um jogo que a equipa holandesa procurou discutir sobretudo no meio campo do Benfica, mas sem sucesso.
Desde o apito inicial o Benfica conseguiu sempre encontrar soluções para ultrapassar a barreira de pressão feita pelo Twente ainda no meio campo defensivo encarnado, explorando depois os muitos espaços existentes no meio campo contrário. A avalanche ofensiva na primeira parte foi de tal ordem que torna-se impraticável referir os lances um por um. Só alguma precipitação na hora do remate e, porque não dizê-lo também, o guarda-redes do Twente foram adiando aquilo que parecia inevitável.
A segunda parte começou com um grande golo de Witsel, após assistência de Luisão, e ficou dado o mote para mais 45 minutos de grande nível. Sem nunca ceder espaços no seu reduto mais recuado, o Benfica manietou completamente um adversário cuja valia ofensiva é reconhecida, e materializou uma exibição merecedora de nota artística. Luisão e Witsel (novamente!) aumentaram a contagem, ficando na retina no último golo do centrocampista belga a primorosa assistência de Cardozo.
O jogo não havia de terminar sem o golo sofrido da praxe, marcado por Ruiz, num lance algo consentido pela defesa do Benfica que até aí tinha estado intransponível.


A intensidade do jogo do Benfica foi um factor decisivo para a melhor exibição da época até esta altura. Com efeito, qualquer um dos três médios centro que alinharam percorreram mais de 10 quilómetros (Javi Garcia destacando-se com 11,61 km percorridos), o que atesta bem a elevada rotação de um sector nevrálgico do campo que sustentou todos os processos ofensivos e defensivos do Benfica.


Todos os jogadores que iniciaram o jogo tiveram uma exibição positiva… mesmo Gaitan, talvez o mais apagado mas hoje muito mais assertivo nas acções defensivas em que normalmente se desleixa. Os três jogadores que entraram na 2ª parte (Bruno César, Matic e Saviola) passaram ao lado do jogo, o que acaba por ser natural numa fase em que os restantes jogadores já estavam em autêntica descompressão permitida pelo avolumar do resultado.
Os maiores destaques vão para Emerson, Witsel, Aimar e Cardozo. O lateral esquerdo brasileiro teve hoje uma exibição muito sólida, falhando apenas um lance ao longo de todo o jogo (permitindo um remate a Ruiz, ainda na primeira parte). Mostrou saber jogar com as suas próprias limitações, avançando no terreno apenas e só quando sentia segurança total para o fazer.
Witsel acabou por pagar-se já hoje, ao assegurar com os seus dois golos a passagem à Liga dos Campeões. Foi uma exibição de luxo do mais cintilante diamante contratado esta época, preenchendo os espaços, transportando a bola, e aparecendo na área adversária com regularidade. É o colega ideal para Javi Garcia, e o jogador fundamental para criar uma consistência colectiva que tem faltado ao Benfica. Ainda por cima, o seu refinado recorte técnico permitem-lhe ter uma intervenção no jogo, com bola, que não está ao alcance de qualquer jogador.
Cardozo voltou hoje a fazer um óptimo jogo, completando já uma série de três exibições muito positivas desde que voltou à titularidade. Pode nem ter marcado, mas o volume de jogo que ajudou a criar, os apoios frontais que deu e a sua movimentação sem bola distinguiram-se e fizeram a cabeça em água aos centrais da formação holandesa. Só o golo poderia qualificar ainda melhor aquilo que foi uma exibição muito positiva. Feitas as pazes com a Luz? Merece!

Finalmente Aimar. Ainda Aimar. Sempre Aimar. O homem do jogo, Aimar. Com tantas boas exibições a destacar hoje, continua a ser impossível não destacar o número 10 desta equipa. Tem exibido neste início de época uma forma que permite antecipar que este ano continuará a tendência dos anos anteriores ao serviço do Benfica – sempre a melhorar. Fisicamente fantástico (mais 90 minutos nas pernas, e 10,87 quilómetros percorridos!), com uma clarividência e uma inteligência incomparáveis, foi o motor do ataque encarnado. Descobrindo e criando espaços, simulando, fintando, e fazendo 41 passes certos em 56 tentativas, foi o principal combustível de uma fogueira que consumiu por completo o adversário. À beira de celebrar 32 anos, exibe uma forma física semelhante à que exibia na sua chegada à Europa, há cerca de 10 anos atrás. Este perto do golo várias vezes, e quão merecido seria…!
Foi uma exibição auspiciosa, e que permite antecipar boas sensações para os próximos jogos. Tem agora a palavra o treinador, pois o sistema táctico ideal e os jogadores que mais rendem neste Benfica, estão encontrados.



video com resumo Benfica 3 - 1 Twente



relatos dos golos do jogo Benfica 3 - 1 Twente

Relato golo Luisão 46 minutos

Relato golo Witsel 59 minutos
http://www.box.net/shared/6nstrymd8ymko4e486ar

Relato golo Witsel 66 minutos
http://www.box.net/shared/5m8qcooyg3uk21o7241f



fotos da partida




















capas jornais
( brevemente)


2 comentários:

Meu caro onde arranjas essa estatística que colocaste do Aimar?

Abraço

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