JOGO EM CHAMAS Benfica - Hapoel 1ª Jornada Champions ~ Chama Gloriosa

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

JOGO EM CHAMAS Benfica - Hapoel 1ª Jornada Champions

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Sport Lisboa e Benfica - Hapoel Tel-Aviv

1ª jornada Liga dos Campeões

14 - 09 - 2010

Cerca de 35000 espectadores assistiram ontem, na Luz, ao regresso do Benfica às noites milionárias. Jorge Jesus promoveu apenas uma alteração relativamente ao onze que tinha alinhado, dias antes, frente ao Vitória de Guimarães na cidade berço. Rúben Amorim ocupou a lateral direita no lugar do mundialista Maxi Pereira.

O jogo, esse, começou bastante morno com as duas equipas a querer dividir a batuta da partida com o Benfica a mostrar-se sempre mais afoito na procura do ataque, mas sem nunca conseguir verdadeiramente criar perigo para a baliza do nigeriano Enyeama. Até que aos 21 minutos, canto da esquerda de Pablo Aimar batido de forma longa para Carlos Martins que, solto na meia direita, cruzou de forma perfeita para excelente finalização de primeira de Luisão que desfeiteava desta forma o desamparado Enyeama. 1-0 para o Benfica.

Quem pensava que o golo traria outro tónico à partida enganou-se. O Benfica continuava no jogo numa toada bastante lenta e dava a impressão que só dos pés de Pablo Aimar poderia sair algum perigo. De forma não muito surpreendente foi mesmo o Hapoel a chegar mais perto da baliza encarnada. Antes ainda do primeiro golo, numa excelente jogada pela esqueda, já Zahavi cruzara de forma tensa para grande intervenção de Roberto a dois tempos. Mais tarde, seria a vez do lateral Bondarv testar o guardião espanhol com um bom remate de fora da área, ao qual Roberto respondeu com uma bela estirada a desviar a bola para canto. O Benfica mostrava-se algo ansioso em termos defensivos e a partida aproximava-se a passos largos para o intervalo não sem antes Carlos Martins colocar mais uma vez à prova Enyeama com um forte remate de fora da área que o guardião nigeriano desviou com a ponta dos dedos para canto.

Esperava-se mais do Benfica na segunda parte mas o cariz do jogo manteve-se. Um futebol sem grande chama por parte dos encarnados pontualmente interrompido pelos rasgos individuais de Pablo Aimar. Jorge Jesus cedo retirou Gaitán do jogo (muito desinspirado) colocando no seu lugar Maxi Pereira avançando Rúben Amorim para o meio campo. Com a presença do uruguaio na defesa e a subida do português para o meio-campo o Benfica melhorou e foi mesmo numa boa triangulação entre os dois que, aos 68 minutos, Cardozo fez o golo da tranquilidade na recarga ao primeiro remate do guerreiro Maximiliano.

Com o golo, o Hapoel pareceu deitar a toalha ao chão e o jogo desenrolou-se sem grandes sobressaltos até ao apito final com o Benfica a gerir a vantagem. Durante este período Jesus fez entrar Airton para o lugar do tocado (e melhor em campo) Aimar tendo já perto do final dado indicações a César Peixoto para substituir o argentino Saviola. A última oportunidade do jogo foi mesmo para o Hapoel através de uma bola enviada ao ferro por Toto Tamuz. Teria sido o tento de honra da boa equipa israelita. De forma totalmente justa, diga-se.

Do lado do Benfica o destaque vai todo para Pablo Aimar que encheu o campo até à sua substituição aos 71 minutos. Jogou e fez jogar sendo quase sempre ele a colocar velocidade na transição ofensiva encarnada. Um jogador influente em todos os aspectos. Mesmo a nível defensivo onde recuperou um número infindável de bolas.

Palavras positivas também para Javi Garcia que, de forma sustentada diga-se, vai recuperando a sua melhor forma no meio campo da equipa. Roberto esteve também ele bem, mostrando-se a um nível mais de acordo com a sua real valia.

Menos bem estiveram Nico Gaitán, que terá feito um dos piores jogos com a camisola do Benfica não conseguindo ser o elemento desiquilibrador que se quer dele e acumulando inúmeras perdas de bola, e Óscar Cardozo, não só pela rábula do segundo golo, mas também pelas fracas intervenções em jogo resultantes, acredito eu, de uma condição física longe do ideal.

Globalmente, o Benfica esteve longe de fazer um grande jogo (terá sido apenas suficiente) fruto principalmente de alguma intranquilidade e falta de concentração em vários momentos. Numa altura em que as coisas vão correndo menos bem será talvez importante não querer fazer tudo muito depressa e privilegiar a eficácia e a segurança. Refiro-me essencialmente aos muitos passes errados e perdas de bola em zonas proibidas.

Para a história fica o triunfo por duas bolas a zero neste regresso do clube da Luz à prova rainha do futebol europeu. Domingo há clássico dos clássicos onde é fundamental repetir o resultado da noite europeia e conquistar mais uma vitória.

Resumo do jogo (som ambiente):

Conferência de imprensa de Jorge Jesus:

Relato dos golos :

Benfica 2-0 Hapoel - Luisão 21min
http://www.box.net/shared/fs5n32gssg