Análise à prestação individual dos jogadores que alinharam pelo Benfica na vitória por 1-0 na Madeira, frente ao Nacional.
Quim (7) - Mais uma tarde descansada, assistindo de cadeirão a boa parte do jogo. No entanto, no final do jogo quando foi preciso, disse presente e segurou os três pontos com uma defesa muito importante.
Fábio Coentrão (8) - Grande exibição do português, novamente adaptado a lateral esquerdo. Um poço de energia do primeiro ao último minuto, imprimindo ao jogo sempre uma velocidade superior cada vez que tinha a bola nos pés. Acabou a extremo, e teve uma grande oportunidade para facturar no início da 2ª parte, numa excelente jogada de insistência da sua parte.
David Luiz (8) - Em grande nível, sem falhas de concentração, e muito efectivo no apoio ao ataque. Das suas subidas resultaram finalmente alguns lances de perigo, com destaque para a grande penalidade que conquistou numa incursão pela direita. A defender esteve sempre imperial e sem dar qualquer hipótese aos adversários.
Luisão (7) - Bom jogo do capitão, com a habitual consistência defensiva. Abusou dos pontapés para a frente na 1ª parte, mas também é dele um grande passe que isolou Aimar ainda no 1º tempo. Que grande época está a fazer...
Di Maria (7) - Novamente importante, sobretudo na 2ª parte, mas sem a preponderância de jogos passados. No entanto aquele estilo gingão e de bola colada ao pé por si só provocam o terror na defesa contrária, e graças a isso o Benfica em alguns momentos conseguiu fáceis penetrações no último reduto do Nacional.
Javi Garcia (8) - Boa exibição do espanhol, a subir de forma depois da paragem forçada por castigo. Voltou a ser o pêndulo do meio campo, jogando sempre de cabeça levantada e bloqueando por completo as acções ofensivas do meio campo adversário. Com o descanso que teve, vai certamente fazer uma excelente ponta final de época.
Aimar (6) - Exibição bastante melhor que a rubricada frente ao Marselha, mas ainda assim a léguas do que pode fazer. Bastante marcado durante todo o jogo, na primeira parte não conseguiu nunca libertar-se desse facto e realizou uma exibição fraca. Na 2ª parte melhorou bastante, sobretudo porque a asa direita do Benfica se libertou o suficiente no ataque para dar mais espaço a Aimar, e foi importante enquanto esteve em campo. Mas pode, e deve, fazer bastante melhor. Sobretudo se continuar a ser titular...
Saviola (8) - Não marcou, mas voltou a provar que é o jogador mais decisivo da frente de ataque do Benfica. O estilo quase de futsal com que joga, de toque curto e de triangulações constantes e desconcertantes no meio dos defesas adversários é uma dor de cabeça para a qual ainda nenhuma equipa portuguesa encontrou cura, e o Nacional voltou a provar desse veneno. Saiu desgastado, mas com o dever cumprido... ajudou bastante à obtenção desta vitória.
Cardozo (6) - Um golo numa altura fundamental, mais um jogo muito bem conseguido com a bola nos pés e a apoiar os colegas, mas a nota baixa acaba por se justificar pelos golos incríveis que voltou a falhar, e que podiam ter feito falta. Inclusivamente mais um penalty desperdiçado, novamente de forma bastante previsível e acusando a pressão de ter de fazer a diferença numa ocasião vital. Jorge Jesus tem de optar por um jogador mais frio a bater penalties... podia ter valido pontos novamente.
Maxi Pereira (5) - Entrou para lateral, e entrou com a disponibilidade física do costume, e a atitude guerreira que era necessária para segurar o resultado. No entanto entrou talvez com excesso de adrenalina, pois em algumas subidas pareceu não se preocupar muito com eventuais perdas de bola que pudessem levar a perigosos contra-ataques.
César Peixoto (6) - Entrou para segurar o seu flanco, e fê-lo de forma regular.
Kardec (7) - Entrou muito bem na partida, jogou poucos minutos mas deixou água na boca. Começou logo por ganhar um lance nas alturas com o peito, partindo daí para uma arrancada pela esquerda que terminou com uma falta a favor do Benfica já perto da área adversária. E ainda foi ao meio campo defensivo fazer um excelente desarme no chão. Cheio de vontade, rápido e sempre bem a ganhar e proteger a posse de bola.
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