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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Esclarecimentos do Benfica

A transferência dos direitos desportivos do aludido atleta, bem como a totalidade dos direitos económicos àqueles inerentes, foi concluída pelo valor total de € 8.600.000 (oito milhões e seiscentos mil euros), por via de dois contratos celebrados em cartório notarial, um com a Real Zaragoza SAD e outro com uma sociedade de direito espanhol situada a um nível mais elevado da cadeia de domínio da Real Zaragoza SAD.
Em consequência, a Real Zaragoza SAD adquiriu de forma definitiva os direitos desportivos do referido jogador mediante o pagamento de € 86.000 (oitenta e seis mil euros) e a outra sociedade, anteriormente identificada, passou a titular os direitos económicos mediante o pagamento de € 8.514.000 (oito milhões quinhentos e catorze mil euros).
Este pagamento será efectuado de forma fraccionada e encontra-se garantido, nomeadamente por títulos de crédito.
Mais se informa que os referidos contratos foram ratificados no momento da sua celebração pelos “Administradores Concursales” da Real Zaragoza SAD.

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Já hoje:

"O fundo Quality Sports Investments, nem nenhum outro a que Jorge Mendes esteja ligado a qualquer título, adquiriu qualquer parcela dos direitos económicos relativos ao jogador Roberto ou interveio por qualquer forma na operação", adiantou ao Negócios o advogado do empresário.

O desmentido de Jorge Mendes surge na sequência da notícia, avançada pelo "El País", de que o Quality Sports Investments adquiriu os direitos económicos do guarda-redes por 8,6 milhões e cedeu os direitos desportivos ao Zaragoza.

O advogado de Jorge Mendes garantiu ao Negócios que não foi este fundo que comprou os direitos económicos do jogador e que o empresário "não tem nada a ver com o fundo" que fez esta compra.

Jorge Mendes é consultor do Quality Sports Investments mas participou, tal como Peter Kenyon, antigo director desportivo do Manchester United e do Chelsea, na criação do fundo.

De acordo com o "El País" e com o "site" "Futebolfinance", este fundo está registado na ilha de Jersey, um paraíso fiscal no Canal da Mancha. "Na Comissão Financeira de Jersey há três sociedades e dois fundos com este nome", refere o "El País".

Este tipo de fundo – legal em Portugal, Espanha, Turquia e proibido no Reino Unido – funciona como qualquer outro fundo de investimento. Destina-se a milionários americanos, europeus e do Médio Oriente, interessados em investir um mínimo de 1,1 milhões de euros cada" e "promete aos seus investidores lucros anuais de 10% nos 3 a 5 anos previstos para a sua existência", escreve o "site" "Futebolfinance".

No Reino Unido este tipo de fundo é ilegal. A Premier League multou o West Ham porque os direitos de Tévez e Mascherano pertenciam ao fundo Media Sports Investments, escreve o "El País". Desde aí passou a ser proibido o que se conhece por Direitos de Terceiras Pessoas.

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Perante isto, talvez se venha a saber quem é que pagou os 8.514.000€ pelo Roberto

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