Pois bem, 2ª jornada volvida, terceiro jogo oficial do Maior Clube do mundo e...terceira derrota. Feito semelhante remonta há já mais de meio século. Coincidências? Não creio.
Jesus afirmou em pleno mês de Maio que, com dois atletas, teria o plantel que desejava - partindo do pressuposto de que ninguém sairia.
Com menos dois titulares de 2009/10 no plantel e menos (quase) 40M de euros em "caixa", continuamos com um plantel desequilibrado. Não irei entrar na discussão pormenorizada das posições em falta, pois é um assunto delicado e extremamente discutível, com diversas mentes a visualizarem o problema de diversos prismas. Contudo, existe uma posição que é consensual, problema assumido publicamente pela direcção e staff técnico: a baliza!
Não sou nem nunca fui especial fã de Quim. Contudo, não sou ingrato. É bi-campeão pelo Maior Clube do mundo!
Não foi um assunto bem gerido, e...dispensou-se um bi-campeão, com a certeza (?) de que viria um keeper que garantisse pontos. E é aqui que entra a ilustração definida para esta crónica: Eduardo. Foi (e é!) um desejo assumido de Jorge Jesus, que tem perfeito conhecimento da sua real valia, do seu potencial e daquilo que poderia trazer ao plantel campeão nacional.
Contratou-se...Roberto, sem que se percebesse muito bem como e sob que tipo de observação, lá aterrou o jovem na capital portuguesa. Conseguiu entrar no restrito lote das 10 transferências mais caras da sua posição, não tendo, no entanto, qualquer culpa no cartório.
Veio como sendo "O Tal", quando, na realidade, não tinha feito mais do que 15 jogos numa Liga de primeira divisão. De referir que o miúdo esloveno Oblak, com 17 anos, tem mais jogos nas pernas do que Roberto. Surpreendido? Vá-se lá perceber isto...
Os jogos sucederam-se, a inexperiência veio ao de cima; as suas "limitações" ficaram à vista de todos nós. A desconfiança do mítico Terceiro Anel em relação às suas capacidades agudizou-se com o passar dos minutos. Roberto tem-se mostrado extremamente nervoso em campo, e é esse o sentimento que passa para os colegas de equipa, para a equipa técnica e...para os sócios e simpatizantes do Glorioso, dando deste modo alento à equipa adversária. O melhor será. portanto, protegê-lo, resguardando-o dos holofotes, tentando um empréstimo junto de clubes do seu país de origem.
É aqui que entra uma nova opção, uma aguardada solução. Teremos de ir ao mercado (uma vez mais!) para, a 8 dias do fecho do mesmo, arranjar uma solução que...não foi bem resolvida num primeiro round. Com um pequeno pormenor a diferir: acabou-se a pré-época, estamos em competição (a doer...) e...não há mais tempo de adaptação para quem vier a suceder a Roberto. Partindo desta (inegável) premissa, restar-nos-ão não mais do que 3/4 opções para a baliza, sendo que todas elas deverão conhecer quer o idioma, quer o campeonato português.
Numa aposta de e para o curto prazo, Nilson parece-me, sem dúvida, a opção lógica e...contida do ponto de vista financeiro. Trata-se de um guardião que oferece enorme(!) segurança.
Numa perspectiva de médio/longo prazo, Bracalli, Eduardo e, porque não Benaglio, são as opções a ter em conta. Ainda vamos a tempo de EMENDAR o que (não) foi feito em relação ao Eduardo. Um empréstimo com opção de compra não só não seria de descurar, como seria de "apostar"!
É com enorme, enorme tristeza que vejo o Clube que outrora teve nos seus estatutos a obrigatoriedade do plantel ser composto na totalidade por jogadores nacionais, hoje, não chegar sequer aos 35% de jogadores nacionais. É não só triste, como revela uma enorme perda de identidade e valores que fizeram deste, o Maior Clube do mundo, e um exemplo de referência de Democracia.
Faltam 8 dias para o mercado fechar, foram concedidos 6 pontos de avanço aos adversários directos, perdeu-se a primeira competição oficial da época.
Isto não vai bem, nada bem...