O Mundial de 2010 começou com uma actuação de Maxi Pereira logo no primeiro dia. O lateral direito actuou num esquema de 3-5-2 promovido pelo seleccionador Oscar Tabarez para contrariar o favoritismo da França. Fez uma sólida exibição, exibindo sobretudo argumentos defensivos num jogo que teve poucos momentos atacantes dignos de registo. Anulou completamente adversários da valia de Ribery ou Evra, e terminou o jogo a ajudar a tapar o flanco esquerdo, onde voltou a anular Ribery, entretanto mudado para lá pelo seu treinador. Ofensivamente teve pouca intervenção, mas do panorama geral da sua exibição resulta uma imagem claramente positiva.
Di Maria estreou-se no Mundial com a titularidade no jogo entre a Argentina e a Nigéria. Os candidatos não deixaram os créditos por mãos alheias e construiram uma exibição robusta que permitiu bater os africanos por 1-0, e Di Maria acabou por não estar muito em jogo, paradoxalmente. Curiosa a quase total ausência de passes dos seus colegas para lhe permitirem explanar o seu futebol. Acabou por sair muito desgastado na 2ª parte, pois correu sempre bastante (a ponto de ter feito cerca de uma dezena de recuperações de bola durante o encontro). Andou muito desaparecido do epicentro da partida.
No encontro entre Argélia e Eslovénia actuaram de início dois jogadores ligados ao Benfica. Yebda foi um dos responsáveis pelo meio campo argelino, notabilizando-se sobretudo em acções defensivas de bloqueio à linha média avançada da Eslovénia. Nesse particular, e com o seu habitual vigor físico, ajudou a impossibilitar que os eslovenos rubricassem uma boa prestação ofensiva. Ofensivamente não teve igual performance, pois não só a sua equipa pouco atacou, como Yebda acabou por falhar muitos passes.
Também Halliche, cedido ao Nacional da Madeira, actuou de início, sendo um dos centrais da selecção magrebina. Acabou por não ter muito trabalho defensivo, mas quando foi chamado ao serviço cumpriu sempre com eficácia. Estive ainda perto do golo num cabeceamento na sequência de uma bola parada no ataque argelino.
No Itália - Paraguai, com alguma surpresa devido aos problemas físicos que haviam sido anunciados nos dias que antecederam a partida, Oscar Cardozo acabou por entrar nos minutos finais para ajudar a sua equipa a manter o empate. Quase não teve a bola, e acabou por perder apenas um lance para Cannavaro, para de seguida lhe ganhar um outro. Acima de tudo, fica a garantia de que o ponta de lança tem a sua lesão já debelada e está pronto para dar a sua plena contribuição nos jogos que se seguem.
Fábio Coentrão alinhou de início no Portugal - Costa do Marfim, assinando provavelmente a melhor exibição da equipa portuguesa. Praticamente confinado a tarefas defensivas no seu corredor perante a ameaça marfinense e sem apoio dos jogadores mais avançados, o lateral benfiquista foi talvez o único jogador português que ganhou sistematicamente lances divididos com os poderosos jogadores da Costa do Marfim, fruto da sua boa colocação no terreno e da sua disponibilidade para disputar os lances até ao fim. Francamente positiva a exibição.
Ruben Amorim entrou a cinco minutos do fim para o meio campo, e teve pouco tempo para alterar o rumo dos acontecimentos. Ainda assim, rapidamente criou na meia direita uma das raras jogadas ofensivas de Portugal merecedoras desse rótulo, em combinação com Cristiano Ronaldo. Foi a primeira internacionalização do nº 5 do Benfica.
No Brasil, Ramires fez a sua entrada em campo apenas na 2ª parte, e pouco depois de ter entrado em campo viu um cartão amarelo por entrada dura sobre um adversário. Notou-se a sua intensidade em campo com alguns sprints em transições ofensivas da selecção canarinha, e face à grande intensidade dos jogadores norte-coreanos talvez tenha ficado a sensação de que podia ter entrado mais cedo.
Foto: FIFA
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