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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Benfica v Fenerbahce: «Didis» trucidados na Luz

FOTO: OJOGO.PT

Quando Constantinopla caiu com estrondo em pleno Estádio da Luz. Não perca, esta quinta-feira pelas 20:05 horas, o embate entre Fenerbahce SK e SL Benfica na segunda mão das meias-finais da Liga Europa.

«Katliam». Foi com a palavra que traduzida do turco equivale ao que em português entendemos por «massacre», que a imprensa de Istambul resumiu aquele primeiro jogo entre Benfica e Fenerbahçe, referente à primeira eliminatória da Taça dos Clubes Campeões Europeus. Aproximava-se o fim do verão de 1975 e os campeões da Turquia deslocavam-se a Lisboa orientados pelo famoso Didi – duas vezes campeão mundial em 1958 e 1962 pelo Brasil e inventor da famosa «trivela» no mundo do futebol – para defrontar um Benfica em tempos de mudança, orientado por Mário Wilson e, pela primeira vez desde há muito, sem Eusébio.

Na Luz todos desconfiavam dos «Didis» e seus pares, esperando talvez um jogo técnico e apoiado como aquele que consagrou a selecção canarinha campeã do mundo com Pelé, mas o jogo revelou uma história totalmente diferente. A verdade, porém, é que nada fazia prever aquilo que se passou. O próprio Didi mostrava-se tranquilo nos dias antecedentes à partida, confiante no valor dos seus jogadores, e chegando mesmo a afirmar que só um jogador do Benfica poderia criar dificuldades à sua equipa e esse não ia jogar. Referia-se, claro, a Eusébio. Em entrevista ao UEFA.com [1], Nené, ex-jogador do Benfica titular em ambos os jogos da eliminatória, recordava isso mesmo: - «Com a aproximação do jogo, ele [Didi] fez umas declarações bombásticas a dizer que vinha ganhar ao Estádio da Luz ao Benfica. Nessa altura sabíamos quanto era poderoso o Benfica e se calhar isso serviu também como incentivo para podermos demonstrar a grandeza do clube. Fizemos valer os nossos direitos em casa, perante aquele empolgante público maravilhoso do Terceiro Anel». E assim foi. O Benfica fez valer os seus direitos naquela fresca noite de setembro com golos para todos os gostos e paladares. Sete golos – sete! – sem resposta foi a receita aplicada aos “Didis” que naquela noite cederam na Luz com um estrondo a fazer lembrar a queda de Constantinopla no séc. XV.

Com Messias e Artur fora da partida – ambos magoados – Mário Wilson fez avançar Malta da Silva e Bastos Lopes para emparceirarem Barros e Eurico. Do meio-campo para a frente, alinharam Shéu, Toni, Vítor Martins e Moinhos, com Nené e Jordão a serem os elementos mais avançados. O jogo em si pouca história teve. O festival de futebol por parte dos «encarnados» foi total e começou logo aos 22 minutos com Shéu a estrear-se na Europa da melhor maneira (entenda-se com um golo); quando soou o apito para intervalo já o Benfica tinha a equipa turca a três golos de distância, com Nené - sempre elegante e ligeiro no seu deslizar sobre o verde tapete – a assinar o segundo e o terceiro. Na segunda parte, já depois de Nené ter completado a santíssima trindade com o terceiro golo da sua conta pessoal e quarto do jogo, apareceu Jordão – qual gazela africana - a brindar a plateia com um segundo hattrick, avolumando o marcador até a uns impensáveis sete-a-zero. O jovem Benfica de 1975/76 chegou e sobrou para os «Didis» de Istambul.

O segundo jogo na Turquia foi, claro está, apenas para cumprir formalidades; não se pense, ainda assim, que tudo foi fácil. A verdade é que a deslocação do Benfica a Istambul quinze dias volvidos, mais pareceu ter sido em classe turística, pois os jogadores benfiquistas mais pareciam ter na cabeça a beleza da arquitectura de Hagia Sofia do que o futebol  do Fenerbahce. Tudo somado deu, claro está, um-a-zero para os turcos, que estando feridos no orgulho carregaram sobre a equipa do Benfica durante todo o jogo, fazendo brilhar Bento a grande altura.

38 anos depois, coincidência ou não, o Benfica voltou a sair de Istambul com um-zero de desvantagem, sendo que desta vez nada estava resolvido de antemão. Agora, na Luz, espera-se que a ambiciosa equipa benfiquista do presente possa subir aos ombros dos gigantes de 1975 (Nené e Jordão, sim, mas não só) para aplicar o mesmo tratamento aos «Didis» que até já nem o são. E nem é preciso dar sete; dois golos de diferença bastam. 

3 comentários:

Posso estar equivocado, mas julgo que o jogo da 2a mão decorreu em Izmir. Força Benfica! 2-0!!!

People.... HOJE(mais logo noite), É ENTRAR LOGO A MATAR !!!!
Os primeiros 5 minutos DISTO: 'ONDA MEXICANA A VOMVARRRRRR' »http://www.youtube.com/watch?v=_KcU_x4A2Ww *os turcalhas até se cagam todos! Ao contrário dos NOSSOS jogadores, que os empurram pra cima dos fener's e naturalmente prós GOLOS, GOLOS!! Querem melhor INFERNO, AMBIENTE??? É simples e tão fácil e até se faz por GOSTO, ORGULHO!
Isto quer é LOUCURAAAAAAAAAAAA !!! xD
ZIMBORAAAAAA PESSOAL

# Passem a mensagem, pra muita gente ficar a saber o que tem que fazer, quando a partida iniciar !!! Há um velho ditado que diz: « QUEM SE ESFORÇA/SACRIFICA POR GOSTO.... NÃO SE CANSA »
B E N F I C A <3

Gracias por compartir
Sabe mucho
Como el fútbol

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