Eis a análise a cada um dos jogadores do Benfica que participaram no Leixões 0 - SL Benfica 4, a contar para a 21ª jornada, com notas atribuídas de 0 a 10.
Quim (8) - Exibição em sobressaltos, quase sempre como mero espectador. Sem trabalho, respondeu bem à única solicitação do ataque do Leixões que o obrigou a uma defesa apertada.
Maxi Pereira (8) - Belíssima exibição do lateral uruguaio, não permitindo qualquer subida do Leixões pelo seu flanco, defendendo com a habitual concentração e fiabilidade. No ataque esteve bem, e desempenhou bem as funções específicas que lhe estavam dedicadas para este jogo, na ausência de um médio direito que é habitual na táctica do Benfica, e que neste jogo não se verificou. No lance do 4º golo, é ele que constrói a jogada antes de entregar a Di Maria para este finalizar.
Luisão (7) - O patrão acabou por destoar um pouco do resto da equipa, fruto da complicada marcação que fez durante todo o jogo a Pouga. O avançado leixonense deu água pela barba, segurando sempre muito bem a bola e impondo o seu físico (similar ao de Luisão) por muitas vezes. Esteve longe de ser uma noite tranquila para Luisão, que ainda assim resolveu bem a maioria dos lances disputados com Pouga.
David Luiz (9) - Grande jogo de David Luiz, implacável nas acções defensivas, bloqueando por completo as investidas (poucas) do adversário. Sempre com uma disponibilidade física impressionante, não raras vezes apareceu em terrenos mais adiantados a apoiar Airton sobretudo. Logo a abrir o jogo antecipou-se muito bem à defensiva nortenha, e atirou ao poste na sequência de um canto batido por Éder Luís. Jogo sem falhas, muito concentrado.
Fábio Coentrão (8) - Mais um jogo em que o português foi adaptado a lateral esquerdo, e novamente apareceu bem. Posicionalmente começa a ganhar rotinas de lateral, desposicionando-se defensivamente cada vez menos vezes. Com a entrada de César Peixoto passou a ocupar a ala esquerda do ataque, e foi sempre bastante efectivo nas suas acções com e sem bola. Parece estar em crescendo fisicamente, depois de alguns jogos recentes com menor fulgor.
Airton (9) - Chamado pela primeira vez à equipa, e logo a titular, o jovem campeão pelo Flamengo em 2009 correspondeu de forma magistral à confiança depositada por Jorge Jesus. Foi uma cópia quase perfeita de Javi Garcia em campo, sempre muito prático com a bola nos pés, procurando jogar simples e rápido. Defensivamente esteve muito bem, bloqueando o meio campo adversário e compensando bem subidas no terreno quer de David Luiz quer de Fábio Coentrão, demonstrando um entrosamento táctico de realçar para quem está há tão pouco tempo na equipa. Saiu cansado, mas certamente satisfeito pela sua prestação.
Ramires (9) - Jogo fulgurante de Ramires, apesar de mais discreto ofensivamente. Foi a chave do jogo, colocando-o Jorge Jesus a jogar numa posição mais central e junto de Airton, ganhando assim a batalha do meio campo e permitindo dominar totalmente com a bola em sua posse. Fez várias incursões à grande área adversária, e podia mesmo ter marcado num lance em que é Cardozo que intercepta um forte cabeceamento seu. Sempre com a sua força e velocidade, foi sem dúvida um dos segredos para a exibição pujante do Benfica em Matosinhos.
Éder Luís (7) - Foi talvez a maior surpresa do onze titular, aparecendo no lugar de Aimar e até de Carlos Martins, sem dúvida os teoricamente melhor colocados para disputar a titularidade. Jesus apostou em Éder para pressionar mais junto à baliza adversária os defesas leixonenses, lentos e duros de rins, e ganhou a apostar. Apesar de algo apagado com a bola nos pés, Éder Luís permitiu que Di Maria por exemplo tivesse mais espaço para embalar em velocidade. E foi ele que marcou o primeiro golo da partida, num remate de fora da grande área. A exibição mais positiva do jogador desde que está no Benfica, e a dar boas indicações para o futuro.
Saviola (7) - O argentino fez uma belíssima primeira parte, sendo fundamental para colmatar a ausência de Ramires no flanco direito. Ajudou a desposicionar a defesa contrária, jogou bem com Maxi Pereira e com Ramires, e deu corpo a uma espécie de 4-3-3 em que o Benfica por vezes jogou, fazendo linha avançada com Cardozo e Éder. Teve ainda uma boa oportunidade para marcar, negada pelo guarda-redes Diego, e acabou por sair na 2ª parte para dar lugar a César Peixoto. Saiu desgastado e sem golos na ficha individual, mas fez uma exibição bastante positiva.
Cardozo (7) - Cardozo foi, de forma inesperada, o número 10 da equipa. Ia baixando no terreno muito bem para escapar à marcação dos centrais do Leixões, e foi sempre capaz de segurar a posse de bola e distribui-la com critério, como o provam os vários passes certeiros e de morte que fez durante a partida. No entanto a finalizar não esteve ao mesmo nível, e acabou mesmo por falhar um golo de baliza aberta, tal como mais 1 ou 2 lances que não ganhou por manifesta falta de agressividade ou por deficiente colocação.
Di Maria (10) (Melhor em Campo) - Já não há palavras para descrever Angel Di Maria, o jovem extremo que se firma cada vez mais como um dos melhores jogadores do planeta. O número 20 assintou mais uma exibição muito exuberante, dando seguimento a um momento de forma absolutamente fantástico. Fez quatro golos (um bastante mal anulado), fez gato-sapato da defesa do Leixões, tirou inúmeros bons cruzamentos e decidiu quase sempre bem os lances que criou. Além disso, mostra um pulmão fantástico nesta fase da época, correndo sem parar e em grande velocidade durante todo o jogo, compensando até defensivamente algumas vezes Fábio Coentrão. Foi mais uma exibição de outra galáxia do argentino, que começa a ser cada vez mais a mais cintilante estrela do Benfica nesta fase da época. E que bom é para o Benfica poder contar com um jogador assim tão decisivo à entrada para a recta final do campeonato...
Carlos Martins (9) - Entrou para o lugar de Éder Luís com o resultado em 0-1, e em cerca de 30 minutos o Benfica dilatou o resultado para 0-4. Carlos Martins entrou muito enérgico e com uma dinâmica de jogo diferente do colega, e foi fundamental para o avolumar do resultado. Alguns passes excelentes, muita vontade e entrega ao jogo, e nenhuma cerimónia na altura de rematar, o que motivou que o Leixões se desconjuntasse totalmente na sua zona de acção, onde Di Maria se começou a movimentar procurando espaços para mais facilmente brilhar. Está a ser fundamental para o Benfica desde que recuperou da lesão que o aponquentava nos últimos meses de 2009.
César Peixoto (7) - Entrou bem no jogo, até porque não teve praticamente trabalho defensivo para fazer no flanco esquerdo. Ajudou em algumas jogadas ofensivas, mas acima de tudo preocupou-se em dar tranquilidade à equipa no seu flanco, visto que na manobra ofensiva já haviam jogadores que chegassem para cumprir a missão do Benfica neste jogo.
Ruben Amorim(7) - Entrada muito lúcida em campo para o lugar de Airton, desempenhando bem as funções de trinco e dando seguimento ao bom trabalho de bloqueio que estava a ser feito pelo brasileiro. A sua entrada permitiu também que Ramires se soltasse um pouco mais pela direita (até pela maior proximidade de Carlos Martins ao trinco, em comparação com a de Éder Luís). Cumpriu com a eficiência e qualidade que se lhe reconhecem.
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