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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Benfica v Fenerbahce: «Didis» trucidados na Luz

FOTO: OJOGO.PT

Quando Constantinopla caiu com estrondo em pleno Estádio da Luz. Não perca, esta quinta-feira pelas 20:05 horas, o embate entre Fenerbahce SK e SL Benfica na segunda mão das meias-finais da Liga Europa.

«Katliam». Foi com a palavra que traduzida do turco equivale ao que em português entendemos por «massacre», que a imprensa de Istambul resumiu aquele primeiro jogo entre Benfica e Fenerbahçe, referente à primeira eliminatória da Taça dos Clubes Campeões Europeus. Aproximava-se o fim do verão de 1975 e os campeões da Turquia deslocavam-se a Lisboa orientados pelo famoso Didi – duas vezes campeão mundial em 1958 e 1962 pelo Brasil e inventor da famosa «trivela» no mundo do futebol – para defrontar um Benfica em tempos de mudança, orientado por Mário Wilson e, pela primeira vez desde há muito, sem Eusébio.

Na Luz todos desconfiavam dos «Didis» e seus pares, esperando talvez um jogo técnico e apoiado como aquele que consagrou a selecção canarinha campeã do mundo com Pelé, mas o jogo revelou uma história totalmente diferente. A verdade, porém, é que nada fazia prever aquilo que se passou. O próprio Didi mostrava-se tranquilo nos dias antecedentes à partida, confiante no valor dos seus jogadores, e chegando mesmo a afirmar que só um jogador do Benfica poderia criar dificuldades à sua equipa e esse não ia jogar. Referia-se, claro, a Eusébio. Em entrevista ao UEFA.com [1], Nené, ex-jogador do Benfica titular em ambos os jogos da eliminatória, recordava isso mesmo: - «Com a aproximação do jogo, ele [Didi] fez umas declarações bombásticas a dizer que vinha ganhar ao Estádio da Luz ao Benfica. Nessa altura sabíamos quanto era poderoso o Benfica e se calhar isso serviu também como incentivo para podermos demonstrar a grandeza do clube. Fizemos valer os nossos direitos em casa, perante aquele empolgante público maravilhoso do Terceiro Anel». E assim foi. O Benfica fez valer os seus direitos naquela fresca noite de setembro com golos para todos os gostos e paladares. Sete golos – sete! – sem resposta foi a receita aplicada aos “Didis” que naquela noite cederam na Luz com um estrondo a fazer lembrar a queda de Constantinopla no séc. XV.

Com Messias e Artur fora da partida – ambos magoados – Mário Wilson fez avançar Malta da Silva e Bastos Lopes para emparceirarem Barros e Eurico. Do meio-campo para a frente, alinharam Shéu, Toni, Vítor Martins e Moinhos, com Nené e Jordão a serem os elementos mais avançados. O jogo em si pouca história teve. O festival de futebol por parte dos «encarnados» foi total e começou logo aos 22 minutos com Shéu a estrear-se na Europa da melhor maneira (entenda-se com um golo); quando soou o apito para intervalo já o Benfica tinha a equipa turca a três golos de distância, com Nené - sempre elegante e ligeiro no seu deslizar sobre o verde tapete – a assinar o segundo e o terceiro. Na segunda parte, já depois de Nené ter completado a santíssima trindade com o terceiro golo da sua conta pessoal e quarto do jogo, apareceu Jordão – qual gazela africana - a brindar a plateia com um segundo hattrick, avolumando o marcador até a uns impensáveis sete-a-zero. O jovem Benfica de 1975/76 chegou e sobrou para os «Didis» de Istambul.

O segundo jogo na Turquia foi, claro está, apenas para cumprir formalidades; não se pense, ainda assim, que tudo foi fácil. A verdade é que a deslocação do Benfica a Istambul quinze dias volvidos, mais pareceu ter sido em classe turística, pois os jogadores benfiquistas mais pareciam ter na cabeça a beleza da arquitectura de Hagia Sofia do que o futebol  do Fenerbahce. Tudo somado deu, claro está, um-a-zero para os turcos, que estando feridos no orgulho carregaram sobre a equipa do Benfica durante todo o jogo, fazendo brilhar Bento a grande altura.

38 anos depois, coincidência ou não, o Benfica voltou a sair de Istambul com um-zero de desvantagem, sendo que desta vez nada estava resolvido de antemão. Agora, na Luz, espera-se que a ambiciosa equipa benfiquista do presente possa subir aos ombros dos gigantes de 1975 (Nené e Jordão, sim, mas não só) para aplicar o mesmo tratamento aos «Didis» que até já nem o são. E nem é preciso dar sete; dois golos de diferença bastam. 

quinta-feira, 7 de março de 2013

Benfica v Bordéus: os Girondinos de Claude Bez e a repetição da história





Quando o sonho de um irredutível e extravagante gaulês transformou o FC Girondins de Bordeaux numa das potências desportivas do «Championnat» da década de 80. Não perca, esta noite pelas 20:05, a primeira mão dos oitavos-de-final da Liga Europa entre o Benfica e o Bordéus.

Não sei se Deus quis, mas Claude Bez sonhou e a obra nasceu. Com a figura do típico gaulês que conhecemos das aventuras aos quadradinhos criadas por Goscinny e Uderzo, com direito a bigode farfalhudo e tudo, o excêntrico presidente do Bordéus na década de 80 foi o principal responsável por uma clara viragem no domínio clubístico do «championnat» e pelo ciclo de ouro do FC Girondins de Bordeaux. Apenas com um campeonato ganho até então (em 1950), o fabuloso Bordéus do presidente Bez e do treinador Aimé Jacquet venceu três ligas e duas «coupes de france» em apenas quatro anos (entre 1983 e 1987), com craques do calibre de Giresse, Tigana, Lacombe, Vercruysse, Vujovic, Muller e Chalana a dominarem tudo e todos dentro das fronteiras gaulesas. Na Gironda morava uma irredutível e (quase) invencível equipa. 

Apesar das conquistas a nível interno, as megalomanias de Bez não conseguiam, porém, ter o mesmo fim vitorioso na Europa. Já depois da amarga meia-final da TCE com a Juventus de Platini, Boniek, Rossi e Tardelli em 1985, a aventura europeia dos Girondinos conhecia um novo capítulo em Lisboa com um embate frente ao Benfica para a Taça das Taças. Estávamos em Outubro de 1986 e o Estádio da Luz vibrava com a perspectiva de mais uma gloriosa noite europeia. Ou assim pensavam os adeptos. 

No frio da noite lisboeta, com Tigana a controlar superiormente o miolo, os comandados de Jacquet gelaram ainda mais os benfiquistas que se deslocaram ao estádio quando, logo aos 18 minutos, o mais talentoso dos gémeos Vujovic adiantou os gauleses no marcador ao aproveitar uma falha gritante de Dito para bater Silvino. Merecia melhor sorte o Benfica, mas futebol e justiça nem sempre combinam. A entrada no jogo tinha sido forte e, nos primeiros quinze minutos, pânico constituíra a palavra de ordem na defesa comandada por Battiston. Antes da desfeita de Vujovic, já Diamantino e Águas tinham ameaçado e Álvaro falhado incrivelmente na cara de Dropsy, mas a verdade é que o Benfica só conseguiria chegar ao golo à passagem dos 30 minutos através de Rui Águas. Orfão de ideias e de Manniche para a segunda parte, o chuveirinho encarnado encontrou sempre Specht e Battiston no fim do arco-íris e nem a entrada de Wando desatou o nó. O Bordéus levava um saboroso e importante empate a uma bola para a Gironda.

Para o jogo no Parc Lescure, o empate da primeira mão garantia o passaporte gaulês para novas andanças europeias, mas na comitiva benfiquista reinava a esperança. Com o bilhete de ingresso a preço acessível, a lotação previa-se esgotada pela presença de milhares de portugueses nas bancadas a dar apoio ao glorioso emblema da águia. Todo o optimismo foi, porém, em vão. O Benfica repetiu a aposta no jogo directo da primeira partida, mas a equipa, sem o possante Manniche na frente de ataque, nunca conseguiu tirar proveito do estilo de jogo adoptado; Rui Águas era presa fácil para os centrais contrários e as investidas de Diamantino eram impotentes perante a muralha gaulesa. Apesar de tudo, os comandados por John Mortimore até entraram decididos. O tempo ia passando com o jogo tombado na metade do campo atribuída ao Bordéus e o Benfica sentia mesmo que podia ganhar vantagem. 

Depois tudo se complicou. O golo francês apareceu justamente antes do intervalo e a segunda metade abriu com a expulsão de Álvaro. E já que se fala em golo, refira-se como tudo aconteceu. Veloso apenas conseguia travar Zlatko Vujovic em falta e Vercruysse aproveitou as benesses para ir calibrando a pontaria do seu pé direito. Ao terceiro livre foi mesmo de vez; a bola saiu em arco sobre a barreira e foi anichar-se junto ao poste direito da baliza de Silvino. Estava aberto, soube-se depois, um buraco definitivo no porta-aviões encarnado. O Benfica ainda forçou, podia ter marcado o golo que daria o prolongamento, mas o resultado ficou mesmo como estava: vitória gaulesa no jogo e na eliminatória. Os encarnados caíam com algum estrondo na europa, mas reagrupavam-se para a disputa das provas internas e conseguiriam mesmo a dobradinha no final da época. «A história repete-se, a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa», escreveu um dia o jovem Marx; desta vez, não seria tragédia nenhuma se tal acontecesse.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Estudo do Adversário - PSV Eindhoven

Num encontro que encerra alguma rivalidade histórica, pelos antecedentes em confrontos anteriores, Benfica e PSV Eindhoven defrontam-se uma vez mais nas competições da Uefa. De forma a tentar conhecer um pouco mais da equipa holandesa, apresento aqui a já habitual análise detalhada sobre o adversário do Benfica na Liga Europa. Dada a colaboração que houve sobre o tema, não deixem também de ler a excelente análise do Edu no Eterno Benfica.
Organização ofensiva

- Equipa organizada em 4x2x3x1. Exibições consistentes durante toda a temporada, estando ainda na luta pela maioria dos objectivos estabelecidos. Título da Eredivisie em aberto - segundo lugar a dois pontos do Twente - e presença nos quartos-de-final da Liga Europa. Apenas na Dutch KNVB Cup saíram eliminados - num jogo muito equilibrado em Enschede -  já nos quartos-de-final da prova. Equipa típicamente holandesa com boa vocação ofensiva e grande obsessão pela posse de bola. Perigosos em 3ª e 4ªfase com destaque óbvio para Dzsudzsák e Toivonen - as grandes figuras da equipa - que só entre os dois levam 39 golos e 27 assistências em jogos oficiais.

- Em 1ª fase, a construção de jogo ocorre quase sempre com o primeiro passe a sair para um dos centrais (Bouma é a grande referência). O pontapé longo é usado apenas como último recurso, procurando quase sempre Toivonen ou Berg no meio campo contrário. A opção por um jogo mais curto e menos directo, está até bem marcada nas características dos centrais, todos bastante evoluídos tecnicamente (Marcelo, Bouma e 'Maza' Rodriguez), e por vezes demasiado audazes em posse (explorar).

- Em 2ª fase existe uma característica bem marcada: a valorização da posse de bola. A circulação é, por norma, feita de forma bastante lenta e paciente, usando e abusando de um jogo de "bola no pé". Os centrais funcionam como grande referência (Bouma principalmente), ora fazendo a bola circular de um corredor para outro, ora atacando o espaço para entregar a um dos médios ou avançados que, de frente para a bola, aparecem para tabelar de primeira com quem vem de trás (pelo meio ou pelos corredores laterais). Em alternativa, um dos médios centro aparece para receber ou procura penetrações laterais dando apoio em largura (Engelaar normalmente). Os defesas laterais gostam de correr com bola (mais Manolev) e combinar com os alas do seu lado, procurando desenvolver o jogo atacante da equipa.

- Em termos de criatividade (3ªfase), as despesas recaem quase todas em Dzsudzsák na ala esquerda. O húngaro alia à sua grande capacidade tecnica e poder no 1x1, um pé esquerdo fabuloso, com grande precisão, seja em situações de cruzamento ou de finalização. Joga quase sempre bem aberto na esquerda, enquanto no lado contrário, Jeremain Lens - rápido e bom no 1x1 - privilegia movimentos mais interiores (com e sem bola), através de diagonais da direita para o meio, como forma de abrir caminho para Manolev aparecer de trás a cruzar (boa precisão). Inversão dos extremos é um recurso possível e bastante usado. Normalmente Dzsudzsák aproveita as bolas paradas a seu favor no lado direito para trocar de lado com Lens e tentar, assim, criar alguma confusão no adversário.

 - Toivonen movimenta-se sempre nas costas de Berg e é fortíssimo em combinações ofensivas no último terço. Não é um organizador, mas surpreende pela mobilidade, pelo bom remate de pé direito e pela capacidade de colocar os colegas em situações de finalização (vários passes a desmarcar Berg contra o Rangers e o Lille). Importante limitar a sua acção em posse junto à área adversária. O seu substituto natural é Bakkal, um jogador que procura organizar mais, aparecendo sempre muito bem em zona de finalização (golo ao Utrecht após cruzamento de Manolev).

- Marcus Berg tem capacidade para criar dificuldades em 4ªfase, quer seja em lançamentos em profundidade ou em situações na grande área. Passa por um período de grande falta de confiança que lhe tem retirado tranquilidade em zona de finalização (várias oportunidades claras falhadas nos últimos jogos). A alternativa ao sueco é o holandês Koevermans, um jogador muito forte fisicamente que pode causar problemas nas bolas aéreas e nos duelos individuais. Possibilidade, também, de Toivonen actuar como o elemento mais avançado da equipa.

Transição Defesa /Ataque

-
Mudança de atitude média. A maior ameaça está nas saídas rápidas após recuperações em zonas altas do terreno, onde têm capacidade para fazer a diferença. Quando a recuperação é feita em zonas mais baixas, a principal preocupação é retirar a bola da zona de pressão e dar início à posse de forma organizada e paciente. Bolas longas a solicitar os alas possíveis.

- Ainda dentro do meio-campo defensivo, cometem alguns erros e acusam muito o pressing do adversário (jogo em França com o Lille). Situação a potenciar e a explorar.

Organização Defensiva


- Equipa organizada, normalmente, num bloco médio/alto. A procura da posse de bola é feita através de uma zona pressionante, normalmente com uma postura bastante activa e agressiva. Boa organização colectiva devido, por um lado, à circulação de bola bastante paciente e mecanizada, que faz com que a equipa não se desposicione demasiado e, por outro, ao bom desempenho táctico dos dois médios-centro (Hutchinson e Engelaar). Em situação de vantagem, mudam de atitude e recuam as linhas de pressão: deixam a equipa contrária sair a jogar lá atrás, tentando apenas evitar que passem o meio-campo em situação confortável.

- Defesa minimamente consistente, mas com algumas fragilidades. Marcelo (ou 'Maza' Rodriguez) são mais agressivos nos duelos individuais e no jogo aéreo, Bouma mais forte na leitura de jogo e na antecipação. Todos bons tecnicamente e, geralmente, seguros em posse (Marcelo mais inconsistente), sendo que não raras vezes abusam na tentativa de sair a jogar. Os laterais são competentes no plano defensivo, apesar da forte vocação ofensiva. Pieters talvez mais lento a reagir a mudanças de direcção e a movimentos mais explosivos por parte do ala.

- Demasiada valorização de referências individuais na marcação. Ambos os centrais saem várias vezes de posição, seja pela marcação individual a um dos atacantes contrários (Marcelo), seja devido a um risco excessivo na tentativa de antecipar a acção de um jogador adversário (Bouma). Colocam bastante agressividade nestas situações, mas, sendo batidos, abrem-se grandes espaços nas suas costas que podem e devem ser explorados. Pouca preocupação com a coordenação da linha defensiva, sem grande ênfase no uso estratégico do fora de jogo.

- Isaksson muito seguro na linha de baliza e bastante consistente a sair dos postes (tanto agarra como soca a bola para longe da zona de perigo).

Transição Ataque/Defesa

- Boa reacção global à perda de bola, apenas com algumas debilidades nos corredores laterais (lado direito com Manolev). Todos os jogadores bastante disponíveis para recuperar a organização, beneficiando também do pouco risco em posse que não obriga a equipa a entrar em grandes desiquilíbrios na hora da perda. Hutchinson muito agressivo em momento defensivo, fantástico no pressing e na recuperação da posição.

- A defesa pode estar posicionada muito alto no campo, pelo que existirão espaços nas costas para explorar em transição ofensiva. Potenciar estas situações encurtando tempo e espaço a Bouma e Engelaar, de forma a obrigar a equipa a encontrar outras opções em 1ª e 2ª fase (passe longo, Marcelo solicitado mais vezes).

Bolas paradas - favor

- Livres laterais batidos por Dzsudzsák de pé esquerdo. Grande precisão no cruzamento. Normalmente, 5 jogadores atacam a bola na diagonal: Bouma. Marcelo, Engelaar, Toivonen e Berg. Lens coloca-se na pequena área, dificultando a acção ao guarda-redes. Hutchinson fica na entrada da área para a segunda bola; dois laterais os jogadores mais recuados. Livres frontais batidos também por Dzsudzsák, sempre com grande potência e normalmente com muito perigo (evitar faltas na zona frontal e na meia direita).

- Cantos executados por Dzsudzsák. Mais uma vez, colocam 6 jogadores na área: Marcelo, Bouma , Engelaar (movimento ao primeiro poste), Toivonen, Berg e Lens; Combinações possiveis. Equipa com grande envergadura física, com capacidade para criar perigo na sequência de lances de bola parada.

Bolas paradas - contra

- Nos livres laterais colocam 1/2 jogadores na barreira, dependendo da distância à baliza. Toivonen fica na entrada da área, Dzsudzsák e Lens mais na frente. Restantes marcam individualmente, com Hutchinson a sobrar. Nos livres frontais mais próximos da baliza colocam 5 jogadores na barreira (normalmente não saltam). Defendem com todos os jogadores junto à área.

- Nos cantos, Hutchinson fecha o espaço entre a pequena área e o primeiro poste; Toivonen fecha na entrada da área; Dzsudzsák e Lens ficam mais avançados para iniciar a transição; restantes jogadores marcam homem a homem.

Outras observações

- Fred Rutten não sabe ainda se poderá contar com Toivonen que se encontra em dúvida para a deslocação a Lisboa. Pieters e Bouma sofreram pequenas mazelas no jogo frente ao Twente mas devem estar disponíveis para alinhar na primeira partida. Se Toivonen não jogar (como me parece que acontecerá) a equipa manterá o seu 4x2x3x1 habitual, entrando Bakkal como o substituto natural do possante sueco.

- Equipa a fazer uma boa época, apesar da recente perda do primeiro lugar na Eredivisie. Na Europa, apuramento para a fase a eliminar sem qualquer derrota e eliminação do Lille e do Rangers nos dezasseis-avos e nos oitavos de final. Saldo europeu este ano cifra-se em: 12 jogos, 7 vitórias, 4 empates e 1 derrota (na pré-eliminatória).

- Substituições não implicam, normalmente, alterações no esquema táctico da equipa. Mesmo com todos disponíveis, têm um banco pouco capaz de alterar o rumo da partida, já que o plantel é bastante curto. Normalmente, Fred Rutten conta apenas com um núcleo duro de 13/14 jogadores. Para além dos habituais titulares, 'Maza' Rodriguez, Koevermans e Bakkal são os restantes jogadores chamados regularmente a jogo.


quarta-feira, 30 de março de 2011

Máquina do tempo: Benfica - PSV (III)

Este texto é o último de uma série de três, em que temos estado a recordar encontros antigos entre o Sport Lisboa e Benfica e a a equipa holandesa do PSV Eindhoven. Para ler o texto anterior carregue aqui.

Recuemos mais de 20 anos no tempo e centremos atenções na época 87/88. O Benfica de Skovdahl começa bastante mal o campeonato e cedo abandona o sonho de revalidar o título de campeão nacional. O dinamarquês é despedido, Toni assume o comando da equipa e depressa as atenções se viram para a Europa. Contra todas as expectativas, os encarnados vão ultrapassando etapas (Partizani Tirana, Aarhus, Anderlecht e Steaua Bucareste) e em Maio de 88 garantem a sua oitava presença numa final da Taça dos Campeões Europeus, tendo como adversário o PSV Eindhoven. O resultado da final todos sabemos, mas nada como ler um relato da época para reavivar a memória (dolorosa, é certo) do regresso do Benfica a uma final da TCE 20 anos depois de Wembley'68.

SL Benfica: Silvino; Veloso, Dito, Mozer, Álvaro; Shéu, Chiquinho, Elzo, Pacheco; Magnusson (Hajry 111), Rui Águas (Wando 56).
PSV Eindhoven: Van Breukelen; Van Aerle, Gerets, Nielsen, Koeman, Heintze; Vanenburg, Linskens, Lerby, Guilhaus (Jansson 107); Kieft


 
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Fonte: Diário de Lisboa Online, disponibilizado pela Fundação Mário Soares

sexta-feira, 25 de março de 2011

Máquina do tempo: Benfica - PSV (II)

Este texto é o segundo  de uma série de três, com que temos estado a recordar encontros anteriores entre o Sport Lisboa e Benfica e a a equipa holandesa do PSV Eindhoven. Para ler o texto anterior carregue aqui.

Depois do empate a zero na primeira mão, o Benfica tinha tudo para resolver a eliminatória na Luz onde, perante um público que iria certamente encher o estádio, a experiência e o estofo europeu dos encarnados seriam suficientes para bater um PSV novo nestas andanças e em fase de afirmação internacional.

Não foi assim. O Benfica saiu derrotado por 1-2, num jogo que se seguiu a uma viagem da selecção ao Brasil para um jogo com uma equipa regional. Numa noite infeliz de Artur e José Henriques, os holandeses marcaram por duas vezes, a primeira aos 12 minutos por Williy Kerkhof e a segunda por Kuijlen aos 40 da segunda parte. Humberto devolveu a esperança empatando logo aos 17 minutos, mas o Benfica não seria capaz de bater Beveren segunda vez e estava, assim, eliminado da Taça das Taças.

Mais uma vez, deixo os restantes pormenores com a crónica de Neves de Sousa no Diário de Lisboa (leitura obrigatória, carreguem na imagem para aumentar). Alguém tem memória desta eliminatória? Que nos podem dizer sobre o jogo?

SL Benfica: José Henriques; Barros, Humberto Coelho, Messias, Artur; Toni, Vítor Martins, Eusébio; Diamantino, Vítor Baptista, Moinhos.
PSV Eindhoven: Beveren; Krijgh, Mordqvist, Kaaraij, Deijkers; Willy Kerkhof, Strik, Kuijlen; René Kerkhof, Lubse, Ekstrom.



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Fonte: Diário de Lisboa Online, disponibilizado pela Fundação Mário Soares

quarta-feira, 23 de março de 2011

Máquina do tempo: Benfica - PSV (I)


Nos próximos dias, em jeito de ensaio para a eliminatória da Liga Europa que vai colocar frente a frente as duas equipas, vamos recordar alguns dos pontos da história em que Benfica e PSV Eindhoven se encontraram em campo nas competições da Uefa.

Recuemos, então, até à época 74/75. Desejoso de repetir os triunfos europeus da década anterior, o Benfica de Pavic chegava aos quartos-de-final da extinta Taça das Taças e tinha pela frente um PSV que ambicionava confirmar no plano internacional, o poderio já demonstrado entre portas. A primeira mão teve lugar em Eindhoven e o Benfica conseguiu um empate a zero que se viria a revelar ingrato para o jogo da segunda mão, realizado 15 dias depois em Lisboa.

Sobre as incidências da partida, nada melhor que ler a crónica do jogo assinada por Neves de Sousa no Diário de Lisboa (carregar nas imagens). Os nosso leitores mais vividos, que nos podem dizer deste jogo?


PSV Eindhoven: Beveren; Krijgh, Mordqvist, Kaaraij, Deijkers; Willy Kerkhof, Strik, Kuijlen; René Kerkhof, Lubse, Ekstrom.
SL Benfica: José Henriques; Barros, Humberto Coelho, Messias, Artur; Toni, Vítor Martins, Eusébio, Simões; Nené, Moinhos.




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Fonte: Diário de Lisboa Online, disponibilizado pela Fundação Mário Soares

quarta-feira, 9 de março de 2011

Estudo do Adversário - Paris St. Germain


Na reedição do confronto de há 4 anos, também nos oitavos-de-final, Benfica e Paris St. Germain defrontam-se esta quinta-feira para a Liga Europa. Mais uma vez, e na sequência do que foi feito para o Estugarda, deixo a seguir um pequeno estudo da equipa parisiense para que todos fiquemos mais familiarizados com o adversário que teremos de ultrapassar para continuar a sonhar com a Europa. Não deixem também de ler a excelente análise do Rui Malheiro à equipa francesa.


 
Organização ofensiva

- Equipa organizada em 4x4x2 clássico, tendo o 4x2x3x1 como sistema alternativo. Exibições consistentes nos últimos jogos, embora nem sempre com a vitória como resultado. Clara primazia às provas nacionais onde, nesta altura, ocupam a quinta posição na Liga francesa a cinco pontos do líder Lille. Equipa com boa vocação ofensiva, com as alas a serem usadas como a grande arma na construção de jogo. Competentes em 3ª e 4ªfase com grande dinâmica na ala esquerda, onde o brasileiro Nenê - a grande figura da equipa - já leva 16 golos e 5 assistências na temporada.

- Na 1ª fase a construção de jogo curto ocorre com o primeiro passe a sair para um dos centrais (normalmente Sakho). Quando optam pela saída de bola através de pontapé longo, Hoarau é usado como a grande referência, aproveitando o seu bom jogo aéreo para solicitar os colegas nas suas costas. Em 4x2x3x1, Erding actua como único avançado pelo que é ele, normalmente, o jogador chamado a disputar este tipo de lances.

- Na 2ª e 3ª fase a preferência vai para um futebol apoiado com grande propensão para sair a jogar através dos corredores laterais. Os centrais gostam de jogar com os defesas laterais para que estes corram com bola e combinem com os alas do seu lado, desenvolvendo assim o jogo atacante da equipa. Em alternativa, a saída de bola pode ser feita com um dos médios (Makelele/Chantôme) a baixar no terreno para oferecer linhas de passe aos colegas mais recuados, dando depois seguimento ao jogo em largura.

- Normalmente um dos médios-centro (quase sempre Chantôme) aparece bem no ataque em incursões com e sem bola, tendo capacidade para surpreender no último terço (finalização). Na direita, Giuly é um extremo puro, fazendo muitas vezes "campo grande" e imprimindo grande velocidade ao jogo. Maurice tem um estilo parecido. Do outro lado, Nenê domina todo o tipo de comportamentos típicos de um extremo e consegue aliar à sua grande capacidade técnica e poder no 1x1, um excelente remate de pé esquerdo. Aparece, ainda, várias vezes em zona de finalização fora da sua posição natural em grandes diagonais da esquerda para o meio (atenção).

- Hoarau, parecendo um jogador com pouca mobilidade devido à sua altura, tem capacidade para criar problemas no último terço do terreno e em situações na grande área (cabeceamento). Erding é mais móvel e trabalhador.


Transição Defesa /Ataque

-
Mudança de atitude média. A maior ameaça está nas saídas através de um futebol mais directo com a colocação de bolas em profundidade para Giuly, aproveitando as diagonais do veterano francês (segundo golo ao Sochaux). Quando isso não é possível, dão início à posse de bola com Chantôme a ter algum protagonismo (capacidade para progredir rapidamente em posse). Mais uma vez, primazia aos corredores laterais (Nenê solicitado muitas vezes).

Organização Defensiva


- Equipa organizada, normalmente, num bloco médio. Procura da posse de bola através de uma zona pressionante que, por vezes, parece pouco agressiva, mesclando períodos de passividade onde apenas procura manter o bloco compacto, com períodos de grande agressividade onde o objectivo é provocar o erro e tirar partido das transições rápidas (jogo fora com o BATE - várias recuperações com saídas muito rápidas).

- A defesa parece bastante consistente, com Armand agressivo e seguro nos duelos individuais e Sakho dominador pelo ar e difícil de ultrapassar no 1x1. Ambos bons tecnicamente e certos em posse. Camara mais inconsistente, abusa do jogo directo se pressionado. Os laterais serão a zona mais frágil da defesa devido à forte vocação ofensiva e a alguns erros individuais (Tiené vs Auxerre). Linha defensiva bem coordenada, fazendo uso estratégico do fora de jogo. 


Transição Ataque/Defesa

- Boa reacção global à perda de bola, mas com algumas debilidades nos corredores laterais. Nenê e Giuly são, normalmente, algo lentos a recuperar, pelo que a equipa defende muitas vezes com apenas 5/6 jogadores em transição. Explorar este ponto, potenciando situações de isolamento dos extremos na ala.

- Os laterais podem estar posicionados muito alto no campo, pelo que existirão espaços nas costas para explorar em transição ofensiva. Chantôme muito agressivo em momento defensivo, óptima recuperação e bom sentido posicional.

Bolas paradas - favor

- Livres laterais batidos por Nenê. Boa precisão no cruzamento. Normalmente, 5 jogadores atacam a bola na diagonal: Hoarau, Erding, Sakho, Armand e Giuly. Chantôme fica na entrada da área para a segunda bola; O médio mais defensivo coloca-se mais atrás; dois laterais os jogadores mais recuados. Livres frontais batidos também por Nenê, normalmente em jeito por cima da barreira. Jallet também costuma ter algumas oportunidades, batendo mais em força.

- Cantos executados por Nenê. Mais uma vez, colocam 5 jogadores na área: Hoarau, Erding, Armand, Sakho e Giuly (aparece ao segundo poste - primeiro golo frente ao Nice); Combinações bastante possíveis com Giuly ou outro jogador a aparecer no apoio (terceiro golo ao Nice).

- Equipa não muito alta (apenas Hoarau e Bodmer chegam ao 1,90 com Sakho a ficar pelos 1,87), mas com capacidade para criar perigo na sequência de lances de bola parada (golos de Armand ao Toulouse e ao Nice, e de Sakho ao Sochaux)

Bolas paradas - contra

- Nos livres laterais colocam 2 jogadores na barreira, Chantôme fica na entrada da área e Giuly mais na frente para a transição rápida. Restantes marcam individualmente. Nos livres frontais mais próximos da baliza colocam 5 jogadores na barreira (normalmente não saltam). Se a falta for a 25/30m colocam apenas 3. Defendem com todos os jogadores junto à área.

- Nos cantos colocam Nenê no primeiro poste; Erding fecha espaço entre a pequena área e o primeiro poste; Jallet fecha na entrada da área; Chantôme e Giuly ficam mais avançados para iniciar a transição; restantes jogadores marcam homem a homem.

- Dada a pouca altura da equipa podem ter algumas dificuldades em lidar com as bolas paradas do Benfica. Luisão, Cardozo, Sidnei e Javi Garcia podem aproveitar para criar perigo.

Outras observações

- Antoine Kombouare decidiu poupar quatro habituais titulares para a deslocação a Lisboa, pelo que Makelele, Jallet, Giuly e Hoarau não vão alinhar na primeira partida. Clément, suspenso, também não poderá jogar.  Com estas ausências já confirmadas a equipa parisiense deverá alinhar no seu 4x4x2 habitual, com Bodmer e Chantôme no centro do meio campo e Nenê e Maurice nas alas.  Na defesa Ceará substituirá Jallet e na frente Erding e Luyindula deverão entrar de início.

- Equipa a fazer uma boa época. Disputa dos primeiros lugares na Liga Francesa e presença nas meias-finais da Taça de França. Na Europa, apuramento para a fase a eliminar sem qualquer derrota e eliminação do BATE com dois empates, valendo a regra dos golos fora. Saldo europeu cifra-se em: 10 jogos, 4 vitórias, 5 empates e 1 derrota (na pré-eliminatória).

- Substituições podem, ou não, implicar alterações do esquema táctico da equipa. Se o resultado agradar, Kombouare normalmente opta por reforçar o meio campo a partir do banco, organizando a equipa num 4x2x3x1 (jogo fora com o BATE). Com todos disponíveis, têm suplentes bastante capazes para lançar durante a partida: Luyindula e Bodmer são muitas vezes opção. Maurice e Makonda também. Para o jogo na Luz não será tanto assim já que, devido às poupanças, o técnico francês apenas terá Camará, Traoré e Makonda como suplentes (todos defesas, sendo que Makonda pode jogar a médio) para além de 3 jovens menos utilizados na equipa principal: Kebano, Bahebeck e Makhedjouf.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Estudo do Adversário - Vfb Stuttgart

Relegado para a Liga Europa, o Benfica defronta já esta quinta-feira a equipa alemã do Estugarda. Com base na observação dos últimos jogos da equipa, apresento de seguida uma espécie de relatório detalhado sobre a formação germânica. Se quer saber tudo sobre o Estugarda, este é o sítio certo.


Organização ofensiva


- Equipa organizada em 4x4x2 clássico. Exibições inconsistentes nos últimos jogos, alternando boas partidas com partidas bastante fracas. Momento delicado em termos emocionais com os resultados a não permitirem grande confiança. Alguma vocação ofensiva, normalmente com o ritmo de jogo não muito alto. Construção de jogo paciente, com a passagem pelas diferentes fases de forma objectiva. Muito perigosos na 4ªfase com uma das melhores duplas atacantes do futebol alemão (Cacau e Pogrebnyak).


- Na 1ª fase, a construção de jogo curto ocorre, normalmente, com o primeiro passe a sair para um dos centrais (Delpierre), os quais têm algumas dificuldades em posse se pressionados (Tasci contra o Bayern e Delpierre contra o Dortmund). Construção de jogo longo usa Pogrebnyak como referência, com o objectivo de solicitar o avançado mais móvel nas suas costas ou um dos extremos.


- Na 2ª e 3ª fase o padrão existente é normalmente o de um um futebol apoiado com Kuzmanovic a baixar para servir de referência na construção, tendo grande mobilidade para apoiar e oferecer linhas de passe no sector mais recuado. O sérvio gosta de baixar para vir buscar jogo e solicitar alas ou laterais em largura ou profundidade (atenção à visão de jogo). Outra possibilidade é um dos centrais jogar nos laterais para que estes corram com bola e combinem com os alas do seu lado (mais no lado esquerdo com Molinaro). Se pressionados e com pouco espaço, abusam do jogo directo. Potenciar esta situação, encurtando tempo e espaço a Kuzma e aos laterais de modo a obrigar os centrais a construir e aumentar a possibilidade de recuperações de bola em zonas altas do campo.


- Problemas nas alas do meio campo. Bruno Labbadia tem experimentado muito e as lesões não ajudam a prever quem irá jogar. Boka deve falhar os encontros com o Benfica, enquando Gentner e Gebhart não se sabe se recuperam a tempo de jogar na Luz. Sem Boka, na esquerda deve alinhar um extremo puro, a dar largura ao jogo e a jogar bem aberto na linha, indo para cima do lateral (Didavi, Elson ou Gebhart). Na direita, será dada preferência um médio que use movimentos mais interiores (Gentner ou Trasch). Harnik é outra possibilidade, mas mais atacante. No caso de jogar Trasch na direita, Hajnal deve jogar ao lado de Kuzmanovic.


- Pogrebnyak, parecendo lento, tem capacidade para decidir na profundidade e em situações na grande área (golos contra o Dortmund e Monchengladbach). Mortífero. Capacidade também para fugir da zona central e cair na ala (lado direito normalmente).

Transição Defesa /Ataque

-
Mudança de atitude média. Maior ameça está na colocação de bolas em profundidade para um dos extremos ou avançados. Quando isso não é possível (a maioria das vezes), dão início à posse de bola com Kuzmanovic como grande referência. Boa dinâmica do lado esquerdo, com Molinaro a aparecer bem de trás, dando largura ao jogo e tirando bons cruzamentos.



- Transições rápida do guarda-redes. Preocupação em lançar rapidamente o contra-ataque com bolas longas em profundidade ou passe curto para um dos laterais ou extremos à saída da grande área.


Organização Defensiva


- Equipa organizada num bloco médio/alto. Normalmente, existe uma procura constante da posse de bola através de uma zona pressionante bem implementada para provocar o erro do adversário. Postura bastante activa e agressiva. Cacau e Pogrebnyak são bastante úteis no pressing, tanto na frente, como em zonas mais recuadas.


- A defesa é bastante inconsistente, seja devido a erros individuais ou à falta de coordenação da linha defensiva (explorar). Normalmente usam uma defesa mista com Tasci a marcar e Delpierre a sobrar. Alguma indefinição na lateral direita, com Funk a agarrar o lugar nos últimos jogos. Boulahrouz, Degen ou Bikakcic possíveis. Delpierre apresenta algumas dificuldades com a profundidade.


- Ulreich bastante seguro a sair dos postes, mas algo inconsistente na linha de baliza. Acreditar sempre em segundas bolas após remates.

 
Transição Ataque/Defesa


- Mudança de atitude média. Reacção global à perda relativamente rápida, mas muito desorganizada. Laterais algos lentos a recuperar após subidas no terreno (explorar, principalmente, Molinaro). Trasch está normalmente bem posicionado e é bastante agressivo na procura da bola o que o torna no principal bloqueio para parar as transições do adversário. Se for desviado para o lado direito do meio campo a equipa perde com isso.


- A defesa pode estar posicionada demasiado alta no campo, pelo que existirão espaços nas costas para explorar em transição ofensiva. Podem tentar foras de jogo, mas acreditar sempre em más decisões principalmente dos dois centrais. Linha defensiva bastante descoordenada (explorar).


Bolas paradas - favor

- Livres laterais batidos por Kuzma, Gebhart ou Boka. Todos com precisão no cruzamento. Normalmente, 5 jogadores atacam a bola na diagonal: dois pontas de lança, dois centrais, mais médio-defensivo (Trasch). Um dos alas fica na entrada da área para a segunda bola.

- Muitas opções para os livres frontais. Kuzmanovic de pé esquerdo por cima da barreira ou Pogrebnyak mais em força. Didavi também bate bem. Por vezes colocam um jogador no lado interior da barreira que se baixa no momento do remate.

- Cantos executados por Kuzma, Gebhart ou Boka. Mais uma vez, colocam 5 jogadores na área. 3 atacam a bola na diagonal. Delpierre ou Pogrebniak aparecem ao primeiro poste (atenção), Cacau ao segundo. Um dos alas fica na entrada da área para a segunda bola. Combinações improváveis, mas possíveis. Normalmente bola é batida directamente para a área.


Bolas paradas - contra


- Nos livres laterais colocam dois jogadores na barreira (normalmente não saltam). Cacau fica na frente e os restantes marcam homem-a-homem.

- Nos cantos colocam Molinaro num poste e Funk no outro. Pogrebnyak fecha o espaço entre a pequena área e o primeiro poste. Gebhart aparece na meia lua da área para iniciar a transição. Restantes marcam homem-a-homem.

- Nos livres frontais colocam 5 jogadores na barreira (normalmente não saltam). Os restantes marcam homem-a-homem. Defendem com todos os jogadores nas imediações da área.


Outras observações

- Gebhart e Gentner estão de fora por lesão e, por isso, em dúvida para o primeiro jogo. Boka deve falhar as duas partidas. Alguma dificuldade na previsão do onze, pois existe a possibilidade de Labbadia rodar a equipa a pensar no campeonato. Cacau vem de lesão e pode começar no banco.


- Equipa num mau momento. 17º lugar na Bundesliga e derrota por 1-4 em casa no último jogo. No entanto, na Europa em 10 jogos conseguiram 7 vitórias, 2 empates e apenas 1 derrota.


- Substituições não implicam, normalmente, alterações no esquema táctico. Com todos disponíveis, têm jogadores no banco com boa qualidade, capazes de mudar o rumo do jogo. Harnik costuma dar grande dinamismo ao lado direito do ataque e aparece bem na área a finalizar. Marica e Schipplock são sempre boas opções de recurso para a frente de ataque.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Oportunidade para matar o borrego nº125786


sorteio liga europa 
13:50
sexta-feira, 17 dezembro de 2010 por ziabloO

Mais um sorteio para as competições europeias, mais um adversário germânico no nosso caminho.
A tradição encontra aqui mais uma oportunidade para deixar de ser o bicho papão que tanta mossa tem feito na nossa história.

Balanço do Benfica com alemães: 26 jogos, 6 vitórias, 9 empates, 11 derrotas



Nunca ganhamos fora em solo alemão, mas parece-me que agora, frente ao actual 17º e penúltimo classificado da liga alemã, o Estugarda, temos todas as condições para quebrar o enguiço.
Sejamos competentes


Deixo aqui o resultado do sorteio para os jogos dos 1/16 e 1/8 de final
A equipa vencedora das partidas do lado esquerdo, defrontará nos oitavos de final a equipa vencedora das partidas do lado direito.






Jogo 14: Benfica - Estugarda             ---      Jogo 15: BATE Borisov - PSG
Jogo 10: PAOK - CSKA Moscovo       ---      Jogo 11: Sevilha - FC Porto
Jogo 9: Aris Salonica - Man. City          ---       Jogo 6: Besiktas - Dínamo Kiev
Jogo 8: Young Boys - Zenit                   ---       Jogo 12: Rubin Kazan - Twente
Jogo 5: Lech Poznan - SC Braga           ---      Jogo 3: Sparta Praga - Liverpool
Jogo 4: Anderlecht - Ajax                      ---      Jogo 7: Basileia - S. Moscovo
Jogo 2: Rangers - Sporting                    ---      Jogo 13: Lille - PSV
Jogo 1: Nápoles - Villarreal                    ---      Jogo 16: Metalist - Leverkusen


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Que sorte para amanhã?


venha o diabo e escolha
17:00
quinta-feira, 16 dezembro de 2010 por ziabloO



Amanhã há sorteio da liga Europa.
Deixo-vos uma tabela com os nossos possíveis adversários e respectivas odds de uma casa de apostas.
Uma das equipas a vermelho pode-nos cair em sorte.
Que expectativas têm?
Quem gostavam de evitar, contra quem gostavam de jogar?



quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

E agora na Liga Europa?



13:30
quarta-feira, 08 Dezembro de 2010 por ziabloO 
QUE HIPÓTESES TEREMOS?



Entramos nesta competição com o mesmo brilhantismo que o anterior vencedor. Participação horrível na Liga dos Campeões. A qualidade dos jogos foi sofrível a todos os níveis, desde a péssima imagem deixada em nossa casa com assistências ridículas, com jogos paupérrimos, e com treinador e jogadores a não corresponderem à basófia de início de época.
6 jogos, 4 derrotas, 12 golos sofridos
Isto, num grupo que podíamos e devíamos ter ficado no 1º lugar.
Agora, graças a um reforço de última hora chamado Alexandre Lacazette, permitiu-nos continuar em prova numa das competições da UEFA.
Parente pobre deste organismo, é nele que o Benfica pode tentar minimizar um pouco a fraquíssima imagem deixada na Liga dos Campeões.
Confesso que sinto que não vem ai coisa boa, apesar de termos excelentes jogadores, não temos equipa.
Não temos estofo para sequer defender o título na Taça da Liga.
Espero brevemente ver sinais de que há hipótese de acreditar neste Benfica 2010/2011, mas, pegando nos dados partilhados pelo user Crente no fórum Serbenfiquista, neste momento em que temos já algum dos nomes que nos podem calhar em sorte no sorteio de dia 16 de Dezembro para os 1/16 e 1/8 da Liga Europa, sinto ainda mais algum receio.
É isto o actual benfiquinha...

Ora aqui fica a lista.

Apurados via 3.º lugar da CL
Twente 6 (9-11)
Benfica 6 (7-12)
Rangers 6 (3-6)
Rubin Kazan 6 (2-4)
Spartak 6 (5-9) ainda joga hoje

Ainda em dúvida
Roma 9 (9-10) / Basel 6 (8-8) ainda jogam hoje
Ajax 4 (4-10) / Auxerre 3 (3-8)
Shakhtar Donetsk 12 (10-6) / Arsenal 9 (15-6) / Sp. Braga 9 (5-9)

Primeiros classificados na EL (garantidos)
Bayer Leverkusen
Sporting
CSKA
Zenit
Stuttgart
Liverpool
Porto

Primeiros classificados na EL (em dúvida)
Machester City / Lech Poznań
Villarreal / PAOK / Dinamo Zagreb
Dynamo Kyiv / BATE
PSV / Metalist
PSG / Sevilla

Segundos classificados na EL (garantidos)
Sparta Praha
Young Boys
Besiktas 

Segundos classificados na EL (em dúvida)
Machester City / Lech Poznań
Atletico Madrid / Aris
Gent / Lille
Villarreal / PAOK / Dinamo Zagreb
Dynamo Kyiv / BATE
AEK / Anderlecht
PSV / Metalist
Sevilla / Borussia Dortmund
Steaua Bucuresti / Napoli / Utrecht




posto isto, são estes os adversários mais prováveis de nos calhar no sorteio:


Basel
Spartak Moscovo
Twente
Manchester City
Liverpool
Paris St.Germain
PSV Eindhoven
Estugarda
Zenit
CSKA
Dinamo Kiev
Villarreal
Bayer Leverkusen





Que vos parece?
Acham que um Benfica como o deste temporada tem qualquer tipo de hipótese frente a um destes adversários?

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Liverpool - Benfica 4ºs 2ª mão Liga Europa JOGO EM CHAMAS

Liverpool 4 - 1 Benfica
2ª mão quartos de final Liga Europa
08 - 04 - 2010




Crónica:  

O Benfica cedeu hoje uma pesada derrota em Liverpool, e terminou dessa forma a sua participação na Liga Europa. Depois do resultado favorável conseguido na primeira mão, a derrota por 4-1 foi o inglório culminar de uma campanha europeia que nos encheu de orgulho, granjeou respeito e consideração na Europa do futebol, sobretudo devido ao estilo de jogo positivo e exuberante que demonstrámos nos palcos europeus.