Jogo absolutamente atípico na Figueira da Foz, disputado debaixo de um dilúvio bíblico e num campo com uma drenagem insuficiente, o que condicionou por completo um jogo que seria sempre complicado. Foi uma vitória na raça, que nos permite continuar na Taça de Portugal. Que tem, inequivocamente, de ser um dos grandes objectivos da época.
O jogo esteve sempre a pender para o nosso lado, e apesar das enormes dificuldades em fazer a bola rodar no encharcado relvado da Figueira da Foz, acabámos por ter várias oportunidades sucessivamente desperdiçadas (sobretudo por Nolito). Acabou por ser Rodrigo (quem mais poderia ser?) a resolver o jogo, escassos 2/3 minutos depois de entrar no jogo.
Num jogo tão mal disputado devido às péssimas condições do campo, acabei por ficar muito satisfeito pela forma como alcançámos esta vitória. Começando por exemplo pelos avançados, gostei muito de ver o Nelson Oliveira e o Mora. Se é um facto que nenhum dos dois foi particularmente feliz nas suas acções individuais, não é menos verdade que face às condições não se podia exigir mais. Correram imenso, batalharam, e mostraram qualidade em pequenas acções (como as recepções de bola). Fica na retina por exemplo aquele contra-ataque saído de um canto a nosso favor (já chateia isto, não acham?) em que o Nelson Oliveira corre o campo todo para nos safar de males maiores, em plena grande área defensiva.
Gostei muito de Nolito e Amorim, no meio campo. O espanhol sempre naquele seu jeito nervoso, quase psicadélico. Esteve um pouco desastrado na finalização, mas foi possivelmente aquele que maior recorte técnico conseguiu dar ao jogo nas condições em que foi disputado. E Amorim foi, com distância, o melhor em campo. Ele já andava a precisar de um jogo assim, para relembrar a todos o grande jogador que é. Jogou em três posições distintas (médio direito, médio centro e lateral direito), e em todas se destacou. Com uma competitividade inexcedível, foi ele que balanceou toda a equipa sobretudo no segundo tempo, desdobrando-se em acções defensivas e ofensivas com um ritmo quase absurdo... a dada altura parecia que haviam vários Amorins em campo.
E, claro, Rodrigo. O miúdo lá me deixou novamente com um grande sorriso. Está num momento soberbo. Talvez não valha ainda tudo aquilo que já parece valer, mas vale certamente ouro em qualquer caso. Apesar da fortíssima concorrência que tem, é actualmente o nosso avançado em melhor forma. Ainda por cima é um jogador com características raras. Possante fisicamente, rápido, ágil, tecnicamente excelente. Mesmo o Cardozo terá que suar muitíssimo para lhe roubar o lugar...
E pronto, o resto é história. Uma batalha disputada numa piscina que pendeu para o nosso lado. Bom fim de semana, Benfiquistas!
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