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sábado, 25 de agosto de 2012

V. Setúbal v Benfica - A «vingança» de Eusébio



Quando Eusébio teve a sua «vingança» do Vitória de Setúbal e os jogadores benfiquistas voltaram a casa «carregados» de produtos regionais. Não perca, este domingo pelas 20:15, o jogo entre Vitória de Setúbal e Benfica a contar para a segunda jornada do campeonato nacional.

É sabido que o dia da final Taça de Portugal, disputada no Jamor, é sempre de festa e romaria para muitos adeptos, sejam quais forem as equipas que entrem em campo. Ainda mais, acrescente-se, se uma das formações nem sequer militar na 1ª Divisão e tão afamado jogo for contra o campeão europeu Benfica. O dia 1 de julho de 1962 não foi, de modo nenhum, excepção. Nas imediações do Estádio do Jamor, lisboetas e setubalenses encalorados e munidos de farnel aglomeraram-se pelas sombras amenas enquanto se preparavam para aquilo que esperavam viesse a ser uma tarde de festa e bom futebol. Os jogadores benfiquistas, pelo que consta, não levaram farnel, mas foram surpreendidos por uma oferta fora do comum: antes do jogo, receberam dos seus colegas setubalenses um saco de produtos regionais que continha doce de laranja, latas de conserva, moscatel e algum sal. Ainda o jogo não tinha começado e o Benfica já vencia… com a simpatia setubalense.

 A «Taça» foi, naturalmente, para a equipa mais categorizada, o Benfica, mas os vitorianos, que lutaram com brio, não diminuíram em nada o vencedor. Triunfou quem devia, quem se mostrou mais forte, mas não sem dificuldades, principalmente até ao momento do primeiro golo. Os «encarnados» iniciaram a partida num ritmo lento-moderado que durou todo o primeiro tempo. As jogadas ofensivas nasciam e morriam nas correrias de Coluna, Eusébio e Cavém, tendo o desacerto sido a «palavra de ordem». Remates surgiram muitos, mas quase todos à distância, uma vez que a muralha setubalense constituía uma barreira inexpugnável. Foi já durante o segundo tempo que a resistência setubalense abriu a primeira fenda, com o golo de Eusébio a surgir aos 12 minutos na sequência de um «pontapé livre» muito contestado a castigar infracção de Jaime Graça – na altura ainda do outro lado da barricada. Devido à exagerada táctica defensiva, só por acaso o Vitória seria capaz de bater Costa Pereira e apesar do golo de Eusébio ter originado uma notória mudança de estratégia, a interessante capacidade ofensiva sadina pouco ou nada incomodou o guardião benfiquista. Com a brecha no muro vitoriano cada vez mais acentuada, primeiro Cavém e depois Eusébio, não tiveram dificuldades em aumentar a contagem, elevando os números finais para um 3-0 que reflectia bem a superioridade patenteada pela turma benfiquista no decorrer do jogo.

No final da partida, foi José Águas, o «correcto capitão do Benfica», a ter a honra erguer o troféu, mas era Eusébio o homem que mais vibrava com o triunfo. E tinha uma razão muito especial para tanto. É que o seu jogo de estreia no Benfica deu-se, precisamente, contra o Vitória de Setúbal, e também para a «Taça». Nesse dia, Eusébio fez um grande golo, mas viu um penalti ser defendido por Félix Mourinho e o Benfica foi eliminado. Desta vez, o moçambicano voltou a desfeitear o guardião setubalense, dobrou a sua contagem pessoal de golos no jogo e, mais importante que isso, levou mesmo a «Taça». Para «vingança», bastou.


2 comentários:

Grande Post! Sim senhor!

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Abraço
contra-ataque1.blogspot.com

Puesto bastante bueno. Me tropecé con su blog y quería decir que realmente he disfrutado de la lectura de su blog. De cualquier manera voy a suscribirse a su feed y espero que publique pronto

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