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sábado, 17 de julho de 2010

Gestão de activos e financiamento

É um assunto incontornável no futebol moderno, porque se transformou num negócio. O dinheiro, como em tudo na vida, tudo condiciona. A transformação do futebol profissional na última década naquilo que é a sua estrutura de negócio foi radicalmente alterada com o advento das sociedades anónimas desportivas, que permitiram na sua fundação o encaixe de dinheiro vivo que foi aceite sem condições já que, a meu ver e num mercado pequeno como o português, as desvantagens são mais que muitas. Mas isso será outro assunto, não tenho como missão neste texto dissecar as virtudes e os defeitos, mas sim assumir o dado adquirido, e analisar a gestão de activos na SAD benfiquista, as suas formas de financiamento... em resumo, o paradigma da sua gestão.


Importa primeiro de tudo fazer uma resenha aquilo que tem sido a política de aquisições e vendas do Benfica na era Luís Filipe Vieira, compreendendo também o período em que exerceu o cargo de director desportivo. Portanto, desde 2001. Até 2008, nota-se claramente que a principal preocupação era preencher o plantel. Sucessivos jogadores já com vínculo ao Benfica foram considerados dispensáveis, e foi preciso encontrar um número suficiente para os substituir. Alguns com qualidade, a maioria pouco mais fez do que preencher vagas no plantel. Por aqui se vê que só com Rui Costa como director desportivo se mudou radicalmente esse paradigma, coincidindo também com uma crescente disponibilização de verbas para atacar segmentos de mercado bem mais altos.


A nível de vendas o Benfica sempre foi muito low profile, mas há que destacar, mais do que vendas de Simão, Miguel ou Manuel Fernandes (todas a saberem a pouco, face ao momento que o mercado atravessava no momento das vendas), o Benfica foi conseguindo até 2007 despachar todos os seus "cancros" com relativa facilidade, realizando até encaixes bastante improváveis, como o comprovam por exemplo os 1,8M€ conseguidos por André Luís. Portanto, conseguia-se sempre pelo menos compensar o custo que se havia tido com os atletas.
A realidade do Benfica na actualidade mudou bastante, e as razões foram diversas. Em primeiro lugar, a estrutura que rodeava Luís Filipe Vieira na gestão desportiva e dos activos respectivos foi sendo desmantelada. E, por muito que siga ao contrário, não havendo uma filosofia de gestão que integre as tradições do clube, as várias estratégias escolhidas em diferentes momentos estão sempre, inevitavelmente, ligadas a pessoas. Portanto, iniciou-se de facto um novo ciclo na gestão do Benfica, com Domingos Soares de Oliveira a tomar as rédeas da SAD, e estudando formas de alavancar o crescimento da empresa. É a partir daqui que tudo se desenha.


A fase de negociar jogadores com um saco de caramelos na mão deu lugar a uma era de tentar alcançar valores seguros para o plantel, disponibilizando verbas recorde na história do clube para aquisições, e tolerando um aumento da folha salarial sem precedentes. Sem receitas que suportassem no imediato o crescimento, a alavancagem promovida foi a mais clássica de todas: recorrer ao crédito bancário e aos empréstimos obrigacionistas. Ora para permitir a compra de jogadores, ora para pagar despesas correntes resultantes da maior valia do plantel. Infelizmente neste processo desprezou-se algo fundamental: esta alavancagem só era viável no médio/longo prazo se houvesse sucesso desportivo. Ora, tendo-se desprezado isto, o projecto desportivo que estava a consumir as verbas que a SAD consumia pecava pela falta de coerência e da competência. Contrataram-se, a peso de ouro, jogadores que logo à partida se via que era impossível serem mais-valias, deu-se muito pouco enfoque à gestão do balneário, às regras e ao profissionalismo a exigir a todos na estrutura. Desprezou-se ainda mais a importância da liderança técnica.


O resultado foi o que se viu. O Benfica em 2007 investiu 36,7M€, e conseguiu um quatro lugar, após várias trocas de treinador. Em 2008, gastou mais 25,6M€, e entregou-os de bandeja a um homem sem currículo... nem de títulos, nem de futebol bem jogado. Um terceiro lugar foi o prémio para o investimento. Em apenas dois anos, o Benfica havia gasto mais de 60M€ para não conseguir sequer um apuramento para a Liga dos Campeões, razão pela qual o desequilíbrio entre as suas receitas correntes e as suas despesas correntes se agravou, porque os plantéis foram ficando cada vez mais caros na folha salarial, sem a devida compensação.


E chegamos então ao momento em que Vieira percebe que ou ganha no futebol, ou lhe fazem a folha, isto apesar da esmagadora vitória que teve nas urnas. Mas também percebe uma coisa. A SAD tinha-se endividado até ao seu limite, tinha hipotecado praticamente tudo para alcançar o êxito que não conseguiu, fruto sobretudo de erros próprios, muitos dos quais anunciados antecipadamente. E é este o momento que define o paradigma de gestão que se vive hoje. Entra Jorge Jesus e com ele a certeza de que o Benfica pode voltar ao topo do futebol... mediante o reforço da sua capacidade competitiva. Com contas para pagar dos anos anteriores e com mais investimento a ter de ser feito, a SAD do Benfica tenta novas formas de financiamento, todas elas, eu diria, de último recurso.


Nasce então o SLB Stars Fund. Uma série de investidores, agrupados sob a tutela muito experimentada do BES, dispõem-se a injectar praticamente 40M€ na SAD do Benfica, com a contrapartida de percentagens de jogadores a alinear pela SAD. O Benfica tranquiliza as instituições bancárias, que começavam a ver um cenário demasiado negro na nossa tesouraria. Mas reclamam mais. Os capitais próprios afundam-se no vermelho, os juros de empréstimos passados atingem valores proibitivos, e a SAD fica sem liquidez para funcionar. Os sócios do Benfica concedem em passar o estádio para a SAD, melhorando assim a situação patrimonial da SAD. Isto meus amigos, é o all-in. O clube ficou com um património muito reduzido e sem capacidade de, no futuro, acorrer a nova crise patrimonial da SAD, o que a acontecer abrirá as portas do seu controlo a terceiros, sob pena de falir, pura e simplesmente. Foi a última ajuda dada pelos sócios, depois de muitos terem gasto as suas economias o subscrever o capital social da SAD.


Qual a verdadeira necessidade de se ter optado por tão extremas condições de financiamento, obrigando a ceder parte da posição negocial ao fundo de jogadores, e obrigando a esvaziar o clube de património para salvar o futebol profissional? A incompetência que delapidou a SAD do Benfica a ponto de ter perdido capitais líquidos a um ritmo recorde deixou-nos neste beco sem saída em 2009. O risco elevado do fundo é uma situação incontornável, como o era a fusão da Benfica Estádio com a SAD. Portanto, importa agora lidar com a nova situação, e sobretudo agarrar com unhas e dentes esta última oportunidade.


A gestão de activos é fundamental. O Benfica tem contratado contentores de jogadores uns atrás dos outros, sem valorizar devidamente cada um desses jogadores. A folha salarial cresceu por exemplo cerca de 40% entre 2008 e 2009, provocando um desequilíbrio operacional (mesmo sem contabilização da amortização dos passes de jogadores) difícil de sustentar no médio prazo. Grosso modo, e apenas para ter resultados nulos, o Benfica teria sempre de passar a realizar algo como 30M€ em mais-valias de vendas de jogadores, pois de outra forma não conseguiria evitar a continuação da deterioração dos seus capitais.


A venda de percentagens de passes de jogadores ao fundo é imperiosa, pois o Benfica esgotou as fontes de financiamento convencionais. Ao ceder a percentagem dos passes, cede também ao fundo uma parte substancial do seu poder de decisão, uma vez que o fundo tem de ter conhecimento de todas as propostas feitas pelos jogadores, e para cada um está estipulado um valor de referência a partir do qual o Benfica ou vende o jogador, ou recompra a percentagem do fundo no valor proporcional à proposta. Esta é talvez a maior factura a pagar pelo "empréstimo" que os investidores fizeram ao Benfica, para lá obviamente das mais-valias realizadas, que em vez de serem todas canalizadas para o Benfica, são também distribuídas pelo fundo. Esta partilha dos riscos e do poder de decisão entre a SAD e o SLB Stars Fund é uma consequência da péssima gestão de activos do passado recente, e obriga agora, como nunca antes, a uma gestão dos mesmos quase sem falhas.


De referir que o montante conseguido com empréstimos obrigacionistas duplicou, vencendo um empréstimo de 20M€ e sendo compensado pela contracção de um novo no valor de 40M€, o que revela bem o desequilíbrio na SAD. Não restem dúvidas, o Benfica tem de emagrecer. Tem algo como 60 jogadores sob contrato, e tem fora do seu plantel 7 ou 8 jogadores que, juntos, representam praticamente 500.000€ mensais em ordenados (14 meses por ano). Isto induz um desequilíbrio operacional incomportável que não pode continuar. Senão, será em vão a alavancagem realizada, os riscos assumidos entretanto. Continuará a não chegar, e as fontes de financiamento, não tenham dúvidas, estão praticamente esgotadas. A maior fonte de financiamento futura será a boa gestão... comprar o essencial apenas, valorizar jogadores, conseguir boas mais-valias. Libertar ao máximo as nossas obrigações com jogadores que já chegam como excedentários na maior parte dos casos, porque contrariamente a uma certa corrente (maioritária, por sinal), é possível (e exigível) baixar o nível de falhanços dos actuais 50% (em quantidade, valor aproximado dos últimos cinco anos), para um nível mais condizente com um clube que se gaba de ter uma estrutura profissional, inclusivamente com alguns dos seus profissionais principescamente pagos. Exige-se muito melhor, é possível.


Se eu acho mau o actual paradigma em que assenta a gestão e o financiamento da SAD? Francamente, não. O modelo do fundo não me agrada, de todo... mas não temos qualquer outra solução de momento. Os erros do passado custaram-nos caríssimo sem que até ninguém assumisse as suas responsabilidades. Temos agora que esperar que essas mesmas pessoas saibam lidar com esta situação limite. A partilha de riscos, benefícios e decisão com os investidores acaba por ser uma situação desejável numa SAD que antes de tal acontecer se mostrou incompetente na gestão dos seus activos, embora num cenário ideal tudo isso devesse ser da exclusiva lavra do Benfica e da sua SAD.. Com esta situação, que não é ideal, está obrigada a melhorar dramaticamente a sua performance neste capítulo.


Há uma questão sensível que tem a ver com o aproveitamento dos investimentos que fez no Caixa Futebol Campus. Alguns dos seus produtos estão no fundo, pelo que os investidores quererão de certeza que esse investimento seja rentabilizado. Tem de parar de uma vez por toda a política de comprar jogadores para 3ªs e 4ªs opções para determinado lugar, condenados a disputar 200 ou 300 minutos por época, apenas. Aí a formação sem dúvida tem soluções mais que suficientes para essa baixa utilização. São menos aquisições, menos salários, e menos exposição da SAD ao risco. A outra grande questão na gestão dos activos tem logo que ver com a flexibilidade negocial do Benfica, que me parece excessiva tanto a vender como a comprar. De facto, e apesar de esperar muito de Roberto, comprar um guarda-redes que não é um evidente craque, nem tem perspectivas de grande valorização por 8,5M€, é um erro, e sê-lo-á sempre por muito que venha a render. Nesta posição específica, dificilmente renderá muito mais do que 8,5M€, e com uma rentabilização escassa, o actual modo de sobrevivência da SAD fica posto em causa.


Este é um modelo que obriga a valorizações muito consequentes de cada jogador, porque senão obrigará o Benfica a vendas massivas. Uma vez que parte do controlo dos passes está no fundo, e que o mesmo não se destina a caridade mas sim a fazer dinheiro. Caso os jogadores (desejavelmente poucos) que saiam não sejam muito valorizados face ao seu preço de aquisição, isso obrigará a aumentar o número de vendas (e por arrasto de compras), o que transformará o Benfica num verdadeiro entreposto, cuja instabilidade em muito condicionará o sucesso desportivo. Ora, sendo necessário apostar na valorização dos activos, há logo uma coisa que é imperiosa de assumir: acabar com negócios de risco muito elevado. Craques de indiscutível valor e retorno financeiro pela via desportiva, são sustentáveis. Incógnitas, apenas por valores baixos... porque a sua valorização é sempre uma relativa incógnita. E quanto mais difícil for de os valorizar face ao preço de aquisição, mais perto estaremos da necessidade de nos transformarmos num entreposto.


O actual modelo do Benfica não pode ser propriamente criticável. Eu discordo das opções, preferia sem dúvida uma menor exposição ao risco. Mas nesta fase, somos quase obrigados a ter esta estratégia, e portanto tem de ser encarada como um meio para atingir um fim. O fim tem de ser o sucesso desportivo e financeiro do Benfica... se ele for alcançado, o actual paradigma que tanta preocupação e desconfiança naturalmente causa, será apenas mais um modelo de gestão de sucesso, que teve resultado. Mas se falhar a consequência será muitíssimo dolorosa, como já expliquei anteriormente. A incompetência entre 2006 e 2008 custou ao Benfica talvez mais de 100M€, e naturalmente o Benfica não tem formas de facilmente corrigir um tão grande défice em tão pouco tempo. A exposição ao risco, ao grande risco, tornou-se assim um cenário incontornável.


Jesus é uma peça fundamental, pois mostra capacidade para rapidamente construir uma equipa mesmo com saídas importantes. Fê-lo quando chegou em 2009, poderá fazê-lo novamente este ano caso saia mais do que uma figura importante (Di Maria), e é fundamental que o continue a fazer. Para não nos tornarmos num entreposto capaz de vender 11 titulares por época, temos de aceitar vender 2/3 titulares por época. É para já um mal menor, suportável com boa liderança técnica e escolha dos jogadores que os substituem. Pode não nos agradar, porque estamos condenados a perder jogadores por quem nutrimos grande estima no presente, mas é o caminho certo tendo em conta as circunstâncias.


PS: Enquanto escrevo estas linhas, o Benfica parece inclinar-se para gastar mais de 5M€ em dois jovens do Real Madrid que nunca jogaram na liga Espanhola. É este o tipo de aquisições que põe em risco o nosso modelo de negócio actual. Risco elevadíssimo, para posições nada carenciadas, e de valorização mais do que duvidosa. As armas que encontrámos para responder às crises de 2007 e 2008 são muito poderosas, mas se forem mal usadas, são mortais para quem as usa. Estou apreensivo.

6 comentários:

É impossível não ler isto sem ficar apreensivo.
Excelente reflexão.

Boas,

É uma análise pertinente, no entanto é mais de "copo meio vazio" do que de "copo meio cheio".

Na altura da reestruturação do Grupo Benfica eu e mais pessoas que acompanham as finanças do Benfica começamos a fazer "barulho" pela forma como o processo estava a decorrer.

Passado algum tempo o Benfica colocou nos estatutos uma clausula dizendo que é impossível o clube perder a maioria do capital na SAD.

Como existia quem quisesse investir no Benfica, e como o Benfica precisava de alavancar os investimentos no plantel, criou-se o Benfica Stars Fund, que como dizes e bem, irá trazer maior rigor na tipologia das contratações.

Já escrevi, que prefiro o Benfica Stars Fund em alternativa às off-shores do Porto, ou aos vmoc´s do sporting que irão levar à venda da SAD. Creio que também terás opinião idêntica.

Devido ao BSF, neste momento contratam-se muitos mais jovens com enorme potencial, algo que até há 2 anos pouco acontecia.

O deficit crónico da Benfica SAD deveu-se em 80% às transferências de jogadores e 20% a juros.

Relativamente ao deficit operacional actual, não sei se ocultaste de propósito, ou se foi esquecimento, o facto de o Benfica a breve prazo renegociar os contratos de direitos televisivos, namings, patrocínio PT, adidas, que podem trazer mais 30M€ de receitas anuais, eliminando o tal deficit operacional existente.

Talvez se ande a aumentar a massa salarial pelo facto de se saber que essas renegociações estão para breve.

No entanto, relativamente a deficits operacionais correntes basta analisar o que acontece com o nosso mais directo rival (Porto), e verificamos que eles já utilizavam este paradigma desde o início da década, e o facto de conseguirem adquirir bons jogadores permitiu-lhes, por vezes, ter maior competitividade do que o Benfica. Neste momento o Benfica já tem um plantel mais valioso do que o do Porto.

Já agora, a alavancagem está a ocorrer nos 3 principais países (Inglaterra, Espanha, Itália). Ou o Benfica seguia a curto-prazo esse modelo, ou teria enormes problemas de competitividade.

Por último, a UEFA já aprovou medidas globais que obrigarão os clubes a terem uma gestão equilibrada, reduzindo a tal "alavancagem financeira", e caso não mudem a gestão, podem mesmo ficar afastados das Competições europeias dentro de alguns anos.

Como tal a europa futebolistica, incluindo os 3 grandes nacionais terão de se ajustar, e por parte do Benfica o ajustamento será feito por via do aumento de receitas operacionais.

Como vês, existe outra análise de copo "meio cheio". No entanto reconheço mérito a algumas das tuas observações.

Cumprimentos

Trainmaniac, Boa Tarde,

É uma análise pertinente, no entanto é mais de "copo meio vazio" do que de "copo meio cheio".

Na altura da reestruturação do Grupo Benfica eu e mais pessoas que acompanham as finanças do Benfica começamos a fazer "barulho" pela forma como o processo estava a decorrer.

Passado algum tempo o Benfica colocou nos estatutos uma clausula dizendo que é impossível o clube perder a maioria do capital na SAD.

Como existia quem quisesse investir no Benfica, e como o Benfica precisava de alavancar os investimentos no plantel, criou-se o Benfica Stars Fund, que como dizes e bem, irá trazer maior rigor na tipologia das contratações.

Já escrevi, que prefiro o Benfica Stars Fund em alternativa às off-shores do Porto, ou aos vmoc´s do sporting que irão levar à venda da SAD. Creio que também terás opinião idêntica.

Devido ao BSF, neste momento contratam-se muitos mais jovens com enorme potencial, algo que até há 2 anos pouco acontecia.

O deficit crónico da Benfica SAD deveu-se em 80% às transferências de jogadores e 20% a juros.

Relativamente ao deficit operacional actual, não sei se ocultaste de propósito, ou se foi esquecimento, o facto de o Benfica a breve prazo renegociar os contratos de direitos televisivos, namings, patrocínio PT, adidas, que podem trazer mais 30M€ de receitas anuais, eliminando o tal deficit operacional existente.

Talvez se ande a aumentar a massa salarial pelo facto de se saber que essas renegociações estão para breve.

No entanto, relativamente a deficits operacionais correntes basta analisar o que acontece com o nosso mais directo rival (Porto), e verificamos que eles já utilizavam este paradigma desde o início da década, e o facto de conseguirem adquirir bons jogadores permitiu-lhes, por vezes, ter maior competitividade do que o Benfica. Neste momento o Benfica já tem um plantel mais valioso do que o do Porto.

Já agora, a alavancagem está a ocorrer nos 3 principais países (Inglaterra, Espanha, Itália). Ou o Benfica seguia a curto-prazo esse modelo, ou teria enormes problemas de competitividade.

Por último, a UEFA já aprovou medidas globais que obrigarão os clubes a terem uma gestão equilibrada, reduzindo a tal "alavancagem financeira", e caso não mudem a gestão, podem mesmo ficar afastados das Competições europeias dentro de alguns anos.

Como tal a europa futebolistica, incluindo os 3 grandes nacionais terão de se ajustar, e por parte do Benfica o ajustamento será feito por via do aumento de receitas operacionais.

Como vês, existe outra análise de copo "meio cheio". No entanto reconheço mérito a algumas das tuas observações.

Cumprimentos

Excelente comentário, que aliás já contrapus no serbenfiquista :)

Fica aqui só a minha precisão de que não falo no aumento das receitas operacionais no futuro pois este texto pretende ser uma mera análise ao contexto actual. Não ignoro que as receitas irão inevitavelmente subir, e possivelmente até dedicarei um post a isso no futuro.

De resto, também me parece claro que o modelo de fundo escolhido pelo Benfica é de longe o mais seguro possível, embora eu seja genericamente contra o uso deste tipo de instrumentos pelo que representam na partilha do poder de decisão. Mas, e conforme digo no texto, isso é uma inevitabilidade actualmente, e portanto há que assegurar que essa partilha de riscos e de decisão beneficia o nosso clube.

Cumprimentos!

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